Aos piauienses que prestigiam o blog, taí a novidade! Botões para Sempre apresenta a história do Piauí, o tradicional "Enxuga Rato", o "Piauizão Vibrante". Mostro o time original da Brianezi "duas faixas", época romântica dos anos 70/80. Aproveito para mostrar imagens antigas e marcantes do clube.
Acima o time rubro-anil da Brianezi. A Brianezi utilizou-se de um escudo bem antigo que foi usado na Taça Brasil de 1968, no Torneio Norte-Nordeste do mesmo ano e em toda década de 70, época da produção do jogo de botão, em acetato de celulóide importado.Acima: Eis o escudo retrô usado pela Brianezi. Encontrei esta foto no excelente site www.futebolnacional.com.br / Equipes: Piauí
Escudo do ratinho usado em fins dos anos 80/90
Escudo atual do clube
A história do Piauí, sediado em Teresina, é bastante rica de fatos importantes, conquistas, curiosidades, boas recordações. Vamos tentar-lhe passar alguns desses momentos de glória do 'Enxuga Rato', que ganhou esse apelido em face do técnico Ênio Silva, no auge do time do tetracampeonato. Ele usava esta expressão quando a equipe estava dominando o adversário inteiramente. Ênio se inspirava numa música de muito sucesso da época, o baião "Enxuga o Rato", composição de Luis Antônio, gravada por Zé Mamede e há alguns anos atrás regravada pela banda cearense Mastruz com Leite.
O time surgiu no bairro Buenos Aires e este foi seu primeiro nome, quando criado a 15 de agosto de 1948. Logo mudou para Piauí Esporte Clube, por sugestão do comentarista Carlos Said. E filiou-se à antiga Federação Piauiense de Desportos, no final dos anos 50, oportunidade em que sagrou-se Campeão Piauiense de Futebol da 2ª divisão, no ano de 1957, passando para a divisão principal no ano seguinte.
Computando-se somente os campeonatos da era profissional, no século XX (1963 a 2000), o Piauí foi o único time a sagrar-se tetracampeão estadual, feito conquistado de 1966 a 1969. Mais tarde, em 1985, o time voltou a ser campeão piauiense. Foi seu último título estadual. Entre outros títulos de menor expressão, destacam-se a Taça Estado do Piauí em 1968 e 2005; a Taça Reinaldo Ferreira em 1969; a Taça Afrânio Nunes em 1966 e 1969; e o Torneio Início, em 1966, 1969, 1972, 1980 e 1987.
O trabalho das categorias de base já valeu ao PEC uma coleção de títulos, desde a época do certame de aspirantes ao sub-18 dos dias de hoje, revelando muitos talentos, o mais famoso deles conhecido em todo o país: Sima, o "Pelé do Nordeste", que depois transformou-se no principal artilheiro da história do clube e do futebol do Nordeste. Com a camisa do Piauí, Sima assinalou 156 gols.
O melhor dos piauienses em competições nacionais.
O PEC também ostenta este título. Apesar de suas importantes conquistas terem acontecido em fins dos anos 60, nem antes, nem depois deste tempo algum clube do estado do PI conseguiu tamanha façanha. Em 1968, disputando a Taça Brasil (1962 a 1968), o PEC chegou a conquistar 75% dos pontos disputados. Na primeira fase, venceu o América por (2 x 0, em Teresina e 1 x 0 em Natal) e Campinense (1 x 0 em Campina Grande e 1 x 0 em Teresina) classificando-se em primeiro lugar no grupo. Em seguinda, na segunda fase, foi eliminado pelo Moto Club perdendo em São Luís (2 x 1) e empatando em Teresina (1 x 1). Ainda em 1968, desta vez disputando o torneio Norte-Nordeste (1968 a 1970), o Piaui fez mais uma bela campanha. Na 1ª fase ficou em 1º lugar. Foram oito jogos, 6 vitórias e 2 derrotas. Na fase seguinte, a semifinal da região norte, derrotou a equipe do Paysandu em Teresina (2 x 0). A final foi contra o Clube do Remo. O PEC venceu em Teresina (5 x 1), mas perdeu na capital paraense (4 x 1). No jogo extra, também em Belém, voltou a perder (2 x 1). O título de vice-campeão do Norte ainda hoje é lembrado como um façanha espetacular. O PEC participou ainda da Taça de Bronze em 1981. Foi a única vez que a CBF promoveu esta competição. Eliminou o Moto (0 x 1 em São Luís e 5 x 0 em Teresina). Na fase seguinte, foi eliminado pelo Izabelense (0 x 1 e, Santa Izabel do Pará e 0 x 0 em Teresina).
Écio e Gonzaga (em pé); Mamede, Derbert e Rudinha (agachados): ídolos do PEC em 1960
O ídolo maior Sima com seus companheiros Nonato II, Pila, Tuica... bons tempos nos anos 60
Formação de 1965: Chico Dedão, atleta não identificado, Aluísio, Zé Barros, Zezito, Nanô, Nonato Leite e o técnico Luiz Gonzaga (em pé); Zagalo, Chapéu, Sanêga, Coquinho e Bitonho (agachados).
1967
1968: Taça Brasil e Torneio Norte-Nordeste. Rara imagem. No cenário nacional, o Piauí foi vice-campeão do Norte no antigo Torneio Norte-Nordeste, quando perdeu as finais da região norte para o Clube do Remo, oportunidade em que, no primeiro jogo, no estádio Lindolfo Monteiro, o PEC goleou o Leão Marajoara por 5 a 1, com um histórico e inesquecível gol de letra do meia Pila. E foi o último representante do futebol piauiense na elite do Campeonato Brasileiro, quando disputou a principal competição de clubes do país em 1986, enfrentando grandes clubes brasileiros, como Santos e Vasco da Gama.
O Time da Moda, batizado assim por Dídimo de Castro, entra em campo com Queiroz, Teodoro, Rui Lima, Sanatiel, Cacá, Edmilson Furtado, João da Cruz...bons tempos em que o Rubroanil foi vice-campeão em 1978 e 1979.
Time do Piauí com o saudoso goleiro Félix!
No Torneio Dirceu Arcoverde, em
1978: Cafofa, Félix, Ribas, Queiróz, Raimundo e Carlinhos (em pé); Rodrigues,
Aníbal, Cacá, Rui Lima e Edmilson Furtado (agachados).
Uma das formações utilizadas na campanha do último título, em 1985: Cícero, Sansão, Toreca, Roberto Gallotti, Chicão e Raimundo (em pé); Vitor, Geraldo José, Catita, Xavier e Anibal (agachados).Pôster de Campeão Piauiense da Placar - 1985
Sima, o "Pelé do Nordeste"
Piauí 2012
Com a camisa branca, lembrando o jogo de botão
No Albertão
Pôster atual
A diretoria do "Enxuga Rato"
O mascote
Com o uniforme nas cores vermelha e azul, o time chama atenção pelo seu mascotinho: um rato com uma toalha, enxugando as costas. A origem da brincadeira é o apelido do time: "enxuga rato". Conta-se que a expressão surgiu com o técnico Ênio Silva, logo que o PEC começou a conquistar seus primeiros títulos estaduais. Toda vez que o time estava bem em campo, ele gritava: "ENXUGA O RATO, MENINO", usando a letra de um baião famoso na época e de muito sucesso no Nordeste.
Fonte de texto e fotos: Acervo Severino Filho
Grande Ricardo,
ResponderExcluirSeu trabalho de resgate da história do futebol brasileiro destacando os pequenos giagantes é importante demais. Parabéns, cara, muito bom mesmo. Belíssimo post! Valeeeu!!!
Abração
Eu que agradeço Moisés! abração
ResponderExcluirMuito legal o Enxuga-rato da Brianezi!
ResponderExcluirDá-lhe Piauizão vibrante!
ResponderExcluirParabéns pelo blog. O América de Natal enfrentou esse time na Taça Brasil.
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