Com a aquisição da melhor mesa de botão do Brasil, feita pelo fabricante OLLIVER, do amigo Luiz Carlos, de Petrópolis-RJ, muitos times estão ganhando novos esquemas táticos, botões que não 'deslizavam', agora começam a 'correr', enfim, a nova 'tábua' de botão está me proporcionando excelentes partidas. Com isso surge a oportunidade também de voltar a colecionar marcas de botões que historicamente nunca ganharam partidas ou títulos contra os Brianezi, Crak´s etc. Nos antigos campos 'Estrelões', os botões intitulados de 'brinquedos' como os gullivers eram tidos como um verdadeiro 'saco de pancadas' contra os Brianezi. Era também o caso da Canindé, que se localizava na Vila Ema, na capital paulista.
A 'Canindé Indústria de Plásticos Ltda' nasceu oficialmente em 1969. Os botões foram lançados nos anos 70 e, especialmente, nos anos 80, concorriam com os botões de 'brinquedos' da Gulliver e Sonaplast. A antiga firma parou de fabricar os times um pouco depois da Copa da Itália, no começo da década de 1990. Os botões eram bem pequenos, um pouco mais de 3cm de diâmetro (3.5mm), podíamos encontrar em acrílico transparente (flexíveis) ou na forma cristal (mais duro), bem parecido com os pequenos da Gulliver. Existiam também times feitos apenas com as 'camisas' dos clubes, sem escudos. Algumas seleções feitas na Copa de 1990 já eram de plástico fino e de cores diversas. Adquiri recentemente um Santo André original da saudosa marca, com escudo antiquíssimo, muito bonito por sinal, quando ainda era chamado de Santo André FC. O desafio está lançado. Será que na melhor mesa de botão do Brasil, os botões Canindé vão brigar contra os Crakes, Crak´s, Ki-Gol, Sportec, Brianezi, os chamados botões 'oficiais'? Vamos esperar...No final do ano, o time da região do ABC disputará minha 3ª divisão do Campeonato Brasileiro, feitos somente com botões de fábrica e ditos 'oficiais', semelhantes a tampas de relógio. Só nos resta a dizer: boa sorte ao 'Ramalhão' e aos botões Canindé!
Reparem no goleiro feito de antiga caixa de fósforos, dos anos 80. O antigo colecionador, que tinha este Santo André, optou por colocar o seu escudo original neste pequeno objeto que antigamente fazia sucesso no nosso esporte, ou melhor em nossa 'brincadeira' de criança, pois o Futebol de Mesa (Botão) foi considerado esporte apenas em 1988. O botonismo nasceu em seus primórdios com bolinha feita de miolo de pão, caixinha de fósforo e botões retirados dos ternos e paletós, cascas de coco etc. Saudosismo puro. O goleirinho da Canindé que veio para o colecionador colocar o escudo, deu lugar a emblemática caixinha de fósforo e assim permanecerá também em minha coleção. Está mantida a tradição e para 'Sempre'.
O ex-goleiro Leão, do Palmeiras, estampava a embalagem da caixinha da marca de botões da Vila Ema, a famosa Canindé. Vemos também a marca 'Coluna Brinquedos', fabricante da mesa de botão de mesmo nome e que possuía em minha casa, em dezembro de 1980.
Outro modelo de caixa da Canindé.
Um pouco da história do Santo André
O Esporte Clube Santo André foi fundado em 18 de setembro de 1967, na época como Santo André Futebol Clube. Em março de 1975, o time passou a se chamar Esporte Clube Santo André, nome que é usado até os dias de hoje. Foram trocadas também as cores do uniforme. O verde e amarelo dava lugar ao azul e branco.
Evolução dos Escudos do Santo André. Reparem no segundo, o mesmo que a Canindé confeccionou para o jogo de botão.
São poucos os clubes do Brasil que não adotam um bicho como mascote e o Santo André é uma dessas exceções. Para homenagear o patrono da cidade, o clube adotou o apelido de 'Ramalhão', em homenagem a João Ramalho, um português que viveu entre os índios antes mesmo das expedições colonizadoras que fundaram a cidade de São Paulo. João Ramalho foi fundador da cidade de Santo André em 08 de abril de 1553 e nomeado capitão da Vila de Santo André por Tomé de Souza, o primeiro Governador Geral do Brasil.
70´s
1981
1981
1986
Título histórico da Copa do Brasil, em 2004, em pleno Maracanã.
1988. Com arte de David Ribeiro, blog "Onze em Ação".
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