segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Todo colecionador de botões deveria ser botonista

Há muito tempo gostaria de escrever este 'post'. Pois bem. O blog foi feito também para colocarmos a nossa opinião, seja de qualquer assunto que envolve este mercado difícil, sob todos os aspectos, chamado colecionismo. E, neste universo, existem pessoas que apenas colecionam os botões e guardam em armários, gavetas ou caixas armazenadoras e deixam por lá sem praticar o esporte. Existem alguns indivíduos que até deixam os botões na cartela ou na caixa, totalmente lacrados, como veio de fábrica, sem mesmo nunca ter aberto para sentir como é o 'tato', ou seja, pegar na mão os brinquedos e jogar na mesa. Uma pena. Há também outros colecionadores que só compram botões para 'tirarem do mercado', adquirindo muitas vezes times repetidos, nem sabendo se tem ou não tem, para não deixarem outros apaixonados terem a oportunidade de comprarem. Lamentável. Este jogo que remonta no Brasil desde o final dos anos 20, com a divulgação do saudoso Décourt, foi feito para praticá-lo e não deixá-lo para os cupins destruírem as caixas.
Felizmente e, graças a Deus, que antes de colecionar tais objetos, sou um botonista acima de qualquer coisa. O colecionismo veio depois da prática do botonismo. Jogo o esporte desde os cinco anos de idade. É claro que houve um grande hiato sem dar minhas 'palhetadas', algo natural do crescimento do ser humano, mas o que tem de graça nesta história é jogar e colecionar. Mostro novamente abaixo o maior mestre do futebol de botão, Lúcio Brianezi, jogando partidas com seus próprios botões que eram feitos em sua fábrica. Ele até mantinha um 'Grêmio Recreativo' no fundo da lojinha para os praticantes do botonismo. 
Leiam e reflitam a matéria do final dos anos 90. O mestre dá a receita. Jogar o esporte facilita o raciocínio, melhora a coordenação motora e serve como higiene mental neste mundo estressante em que vivemos. Para mim não existe a menor graça, digamos assim, colecionar e jogar dinheiro 'fora' (no lixo) armazenando os objetos sem que possamos usufruir das peças. Desde o começo dos anos 80 já fiz mais de 100 campeonatos de botão de todos continentes: América do Sul, Brasileiros de todas as divisões, Champions League, UEFA, Copa do Mundo, Libertadores e cada vez mais busco alternativas como foi no ano passado o surgimento da I Sul-Americana e Recopa da América do Sul. Viva o esporte, acima do colecionismo!
Décourt: o maior divulgador e pioneiro na introdução do jogo de botão no Brasil já ensinava há muito tempo a importância da prática do esporte
Sr. Pedro, de Manaus, 79 anos, que redescobriu a prática do esporte Futmesa: um exemplo a ser seguido por todos os colecionadores e botonistas

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