Copa de 1982

Copa de 1982
Lembranças da Copa do Mundo de 1982: veja o artigo que escrevi sobre o melhor mundial de todos os tempos

segunda-feira, 31 de março de 2014

Brianezi - Segunda Geração: as famosas 'duas faixas'

A fase de ouro da saudosa Brianezi, também chamada de 'década de ouro', foi marcada pela segunda geração. A fase foi compreendida no final da década de 70, mais precisamente em 1976-1977 e durou aproximadamente dez anos, perto do fim de 1986. Os botões eram de celulóide importado, chamados assim, pois eram semelhantes aos materiais de 'tampas' ou 'capas' de relógios antigos. Estas miniaturas de futebol ficaram conhecidas no país inteiro e a Brianezi logo adquiriu um sinônimo: 'os botões de tampa mais famosos do Brasil'.

por Ricardo Bucci

Segundo relatos de pessoas que trabalharam na Brianezi em 1977 e que escreveram para o blog 'Botões para Sempre', o processo de fabricação dos botões 'duas faixas' era 100% artesanal. Havia uma pessoa para colocar os escudos, outra para colocar os números, todos os emblemas em 'decalque'. Estes eram vendidos também em papelarias pela cidade de São Paulo. Os botões iam para o esmalte incolor para a tinta não borrar nos respectivos números e escudos, pintura, depois a lixa para deixá-los todos retos na base, lavagem e, por fim, a embalagem.
Conheça como era detalhadamente o processo:
No fim dos anos 70 e início dos 80, reinava na Brianezi os famosos botões de acetato de celulóide importado. Na antiga fábrica era possível conhecer todo o processo de fabricação dos botões, desde o corte nas folhas de celulóide, até a embalagem final. Depois do corte em forma circular, as pequenas peças eram esquentadas numa chapa de ferro e prensadas para se tornarem botões. Em seguida eram colocados os escudos e números e, em alguns modelos, aquelas faixas que até hoje são adoradas pelos colecionadores. Já os adesivos precisavam ser molhados para serem fixados. Depois de secos, os escudos e números eram esmaltados com base para não soltar e nem entrar tinta entre os adesivos e o botão. Logo após vinha a pintura, na forma manual, uma verdadeira obra artesanal! Após a tinta secar, os botões tinham a base lixada para ficarem retos. E, para finalizar, eram lavados, secos e limpos para serem embalados nos estojinhos.
Nessa época foram produzidos mais de 250 times, entre clubes nacionais, internacionais e seleções. Flamengo e Corinthians eram líderes de venda nas lojas. Em 1988, só para se ter uma ideia, a fábrica vendeu mais de 140 mil times, segundo reportagem antiga do jornal Folha de São Paulo. A Brianezi foi a primeira fábrica a produzir o New York Cosmos em diversas cores. O tradicional amarelo, com faixas verdes, branco com faixas verdes e verde com faixas brancas. Enormes filas eram encontradas na Av. Álvaro Ramos, local da fábrica e lojinha da Brianezi. Crianças e adultos, sedentos para conseguir tais relíquias, frequentavam o local, entre eles, o jornalista Silvio Lancellotti, detentor de uma extensa coleção de botões Brianezi. O primeiro Brianezi que apareceu em minha casa foi o Clube do Remo, no final de 1976/começo de 1977. Os botões 'duas faixas' estavam só começando e no berço dos botões vinham a palheta colorida, que se manteve somente até nesta fase, goleiro em forma de 'pedra', com o escudo do clube.
As características dos botões: os botões 'duas faixas' são os mais adorados pelos amantes da Brianezi, justamente por se tratar de os melhores botões que deslizam perfeitamente sobre a mesa. Não há fase na Brianezi melhor que esta em relação ao domínio sobre os botões. Claro que uma vez ou outra, encontrávamos deformidades nos estojinhos, isto é, um ou mais botões 'tortos', que se destoavam dos demais, mas todos corriam na mesa. O grande problema destes botões sempre foi sua conservação. Muitas peças quebravam, rachavam ou trincavam, justamente por serem de material extremamente flexível, de celulóide. Sendo totalmente artesanal, outro aspecto que a criança ou adolescente tinha que ter na época era manter os botões intactos. Mas boa parte deles que raramente encontramos à venda em sites de compras ou outros meios, apresentam descascamentos nas pinturas, pela ação do tempo e falta de conservação dos antigos donos. Nos meus campeonatos, os botões 'duas faixas' dividem títulos com os botões da terceira fase. Quando estes botões de fases distintas se enfrentam, há um equilíbrio muito grande.
O Piauí já foi campeão brasileiro da terceira divisão e vice-campeão da segundona em meus torneios.
O Birmingham City já faturou uma Champions e um vice do Mundial Inter-clubes
O raríssimo Nice da França, vice-campeão de minha Champions de 2014
Outra 'mosca branca', o Lyon da França, de minha coleção. Veio numa caixa de sapatos lotada de botões antigos. Dá-lhe Lyon!
'Duas faixas' da Arábia Saudita, porém com lentes grandes, da Edição de Luxo, de 45mm. O tradicional Brianezi 'duas faixas' tinha sempre 42mm. Esta Arábia era especial e somente vendida na lojinha da Brianezi, no Belenzinho-SP.
O argentino Estudiantes de La Plata, outro time raro e fortíssimo para minha Pré-Libertadores de 2016.
Times fora de catálogo também eram encontrados nos botões da segunda geração. Aqui vemos um Ascoli, da Itália. Seleções que não estavam presentes no catálogo como Noruega e Bélgica também eram fabricadas pela antiga Brianezi.
 A seleção da Albânia, uma relíquia da fábrica, de minha coleção particular.
Este número 9 do Manchester é o melhor botão que apresento em minha coleção. Artilheiro, craque, excelente domínio, desliza uma barbaridade nas mesas. O Pelé do botão!
O grande Central de Caruaru, raro de ser achado, detentor de um magistral título pela minha segundona do brasileiro
O New York Cosmos já foi campeão de minha Libertadores e possui um título da Final Intercontinental contra o todo poderoso Bayern de Munique.
Schalke 04: taticamente falando, uma das melhores formações da Brianezi
A Brianezi lembrou com carinho de um dos times mais simpáticos do Nordeste: o tradicional Calouros do Ar, time da antiga Base Aérea de Fortaleza e que já faturou um campeonato de botão da terceira divisão, um vice da segunda e dá trabalho para os grandes na minha primeira divisão. A foto do time já circulou nas redes sociais do clube, como cordial lembrança, fato que agradeço a todos os diretores do "Tremendão da Aerolândia". Parabéns, Calouros!
O raro time mexicano Club León, feito pela Brianezi no final dos anos 70, sempre dando trabalho para todos os meus times da Libertadores da América.
O Juventus da Mooca, time adorado pela comunidade ítalo-brasileira. Nostalgia pura feita pela Brianezi, seguramente o time mais ileso e incólume que tenho em minha coleção dos Brianezi 'duas faixas'. Parabéns Lúcio Brianezi por fazer um time simplesmente maravilhoso!
A 'Squadra Azzurra' feita pela família Brianezi no começo dos anos 80, com escudo usado na Copa de 1978.
Catálogo dos times 'duas faixas'. Mais de 250 relíquias em miniaturas.
1979-1980: os botões 'duas faixas' já faziam parte de meus campeonatos. Aqui vemos eu (caçulinha) e meu irmão na partida inaugural da mesa 'Coluna Brinquedos', na partida entre Flamengo e Brasil CBD.

Para ver postagens de outros modelos de botões da Brianezi, clique nos respectivos marcadores.

domingo, 30 de março de 2014

Brianezi - Última Geração

A quarta e última fase da Brianezi foi marcada pela produção de botões em acetato dos mais resistentes de todas as gerações da Brianezi, embora de plástico, parecido com acrílico bem duro. Os botões são bons de chutes a pouca distância, sendo que nas fases anteriores, os botões eram ótimos para arremates a longa distância. Muitos botões eram encontrados com decoração em papel, fato mais consumado nos finais de produção. A fase foi compreendida entre a metade da década de 90 (1996-1997) e durou até o encerramento da linha de produção da fábrica, ou seja, em dezembro de 2001.
Botões da última geração
O Yokohama Flugels, última geração da Brianezi, time extinto do Japão, já foi campeão japonês de meu torneio.
O Estrela Vermelha de Belgrado já foi vice-campeão da Copa UEFA.
A seleção da Dinamarca ainda tenta se classificar para sua primeira Copa do Mundo.
A Romênia participará de sua primeira eliminatória.
A Hungria foi uma das sensações da última copa. Ficou em quinto lugar.
A Rússia da última geração: derrotou a toda poderosa Seleção Brasileira duas faixas CBD.

sábado, 29 de março de 2014

Brianezi - Terceira Geração

A Brianezi da terceira geração ou terceira fase da fábrica foi compreendida entre 1987-1988-1989 e durou até a metade da década de 1990 (1995-1996). Os botões mediam o mesmo tamanho da fase anterior (duas faixas) aproximadamente 42mm e eram mais resistentes, por isto muito apelidados de 'gordinhos'. Com um chute forte a longa distância, estes botões acumularam muitos títulos em meus torneios na década de 90. O primeiro time que comprei desta época foi o Botafogo - RJ numa pequena loja de esportes. No campeonato de 2012 o time sagrou-se campeão brasileiro da 1º divisão. Times internacionais da Brianezi 'gordinhos' como Liverpool e Internazionale já levantaram caneco da Champions League. O interessante é quando dois times da Brianezi de fases distintas se enfrentam, especialmente os 'duas faixas', de celulóide, dos anos 70/80 contra os da terceira geração. O duelo é muito emocionante!
Botões Brianezi da terceira geração
A Internazionale já foi campeã da Champions, da Final Intercontinental e do Mundial Inter-Clubes
Liverpool, campeão da Champions de 2010. Um time de muitos craques!
Barcelona, com faixas. Estes botões foram os primeiros a saírem nas lojas logo depois do encerramento dos famosos celulóides, entretanto tiveram vida curta (1987-1990) mas a jogabilidade é excelente. O curioso é que os botões conseguem ser um pouco mais flexíveis e maleáveis que os demais da terceira geração. Só quando os botões entram na mesa é que percebemos esta diferença, o que torna ainda mais emocionante a partida!
O Flamengo da terceira geração: o time que mais levantou canecos em brasileiros dos meus torneios de botão.
O PSG da terceira geração: um time difícil de ser batido e que adora fazer gols nos últimos segundos de jogo!
O Vila Nova - GO já faturou um brasileiro da segunda divisão na final histórica com o poderoso Calouros do Ar 'duas faixas'.

quarta-feira, 26 de março de 2014

domingo, 23 de março de 2014

De Palestra a Polônia: torneio de botão reúne times clássicos

Campeonato realizado pelo Museu do Futebol contou com os mais variados tipos de equipes


O 5º Torneio de Futebol de Botão realizado pelo Museu do Futebol, no último sábado (22 de fevereiro), reuniu uma legião de apaixonados pelo esporte de mesa. Os participantes colocaram em campo times como o primeiro elenco do Palestra Itália, um selecionado dos sonhos da Polônia e, até mesmo, um desconhecido Sport Boys, do Peru. Para manter esse hobby, no entanto, é preciso desembolsar uma quantia considerável - a média para montar um time, sem o goleiro, é de R$ 120.

Botão sobrevive apesar do videogame
Muito querido no passado, o futebol de botão sofre com a pesada concorrência dos videogames no coração nos novos fãs. "É difícil conquistar a criançada. Os adultos não têm paciência quando elas erram. Olha lá (apontando para um menino que brincava com um tablet). Ali ele não leva bronca se faz alguma jogada errada", explicou Paolo Banfi, de 33 anos, que joga pelo Palmeiras e conquistou o troféu na categoria federado.
Apesar das duras recebidas durante algum lance errado na partida, boa parte dos jovens presentes no torneio realizado no Museu do Futebol não pareceram se importar com a pressão, e só querem saber mesmo do principal esporte dos brasileiros. "Jogo videogame, pebolim, futebol de botão. É futebol, eu jogo", afirmou Victor Vitarele, de 13 anos, participante na categoria infantil.

Fonte: FOX Sports

sexta-feira, 21 de março de 2014

Seleções da antiga fábrica Crak´s

Algumas seleções da antiga Crak´s feitas por Guilherme Biscasse ao longo dos anos 70/80. Fonte e agradecimento: site da FIFME.
Arábia Saudita
Escócia
Espanha
Holanda
 Inglaterra
Japão
México
Uruguai