Copa de 1982

Copa de 1982
Lembranças da Copa do Mundo de 1982: veja o artigo que escrevi sobre o melhor mundial de todos os tempos
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sábado, 22 de setembro de 2018

Brasília/DF - O 'Colorado' raríssimo da Brianezi - corrigindo antiga informação

Há uns meses Botões para Sempre adquiriu times da Brianezi e do Luiz da 24 de Maio. Nessa última semana descobri a partir de um colecionador muito educado, Paulo Alves, que corrigiu a informação passada anteriormente pelo blog. Esse Brasília (DF) de 42mm exatos não foi feito pelo artesão Luiz Gonçalves da Silva. Pertence, portanto, ao Paulo Brianezi, entre 1975 a 1978, pois no lote do amigo há times semelhantes em decalques como o Grêmio que ele comprou naqueles idos. Muito obrigado, Paulo pela informação e pode ter certeza que daqui não sairá nunca. PARA SEMPRE. 
Da coleção particular do amigo Paulo: reparem o Grêmio (no mesmo molde do Brasília)

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Brasília Esporte Clube 1975 - Brianezi celulóides

Botões para Sempre traz o 'Colorado Candango'. Sem dúvida, uma relíquia, um 'filé' (termo usado por comerciante oportunista) que entra para a coleção e, daqui, JAMAIS sairá. Aos 'atravessadores' de plantão, favor não insistir em trocas ou em vendas. Dinheiro? $ Não quero. Paguei preço justo (aliás, nunca seria o mesmo que encontro em 'sitezinhos' de compra) e não sou 'malandro' como muitos no mercadinho 'nefasto'. Quero distância de vocês.
BOTÕES PARA SEMPRE APRESENTA:
ANTIGO BRASÍLIA ESPORTE CLUBE 
METADE DOS 70´S
Ernani Banana era a referência do time. Ídolo da torcida, o meia-atacante era saudado com folhas de bananeira, em alusão a seu apelido, no estádio Pelezão, onde o Colorado mandava seus jogos. Com o atleta na equipe, o clube conquistou o tricampeonato candango de 1976 a 1978 e conseguiu passar, em 1977, à segunda fase de uma competição nacional, feito inédito entre as equipes do cerrado. Ernani, hoje um comerciante de 55 anos, valoriza muito os feitos do Brasília pelas dificuldades estruturais enfrentadas na época. - Não tínhamos nem campo para treinar e fazíamos no máximo dois coletivos por semana. Os salários eram baixos, sofríamos com a precariedade no deslocamento e para ter equipamentos básicos. Os desafios eram tão grandes que cada pequena conquista era motivo suficiente para celebrar. Tanto que a partida inesquecível do ex-jogador com a camisa vermelha foi a estreia do clube em casa em Campeonatos Brasileiros, em 1977, mesmo com derrota para o Botafogo. - Tínhamos um time bom e fizemos uma partida maravilhosa, mas perdemos por 1 a 0 - lembrou. Ernani mora em Taguatinga e ainda acompanha o Brasília pela imprensa.
1978
1979 com outro ídolo, Edmar
1982
1980
1977

terça-feira, 6 de março de 2018

CEUB - Primeira edição 1972-76 by Paulo Brianezi **raríssimo e um dos mais pitorescos da lendária fábrica

Eis um time que perseguia há anos. Seja bem-vindo originalmente o belíssimo e extinto CEUB, celulóides importados, reforço de peso da primeira edição da Brianezi para a minha série D. Acompanhe abaixo uma brilhante reportagem do saudoso clube candango produzida pelo site Trivela.
 
O Ceub de 1973 a 1975: 
O time universitário que chegou ao Brasileirão
por Emmanuel do Valle
Clubes de futebol profissionais originários de universidades e que preservam esse laço de origem no nome são comuns não só na América Latina (há no Chile, no Peru, na Venezuela, no México) como também na Europa (em Portugal, na Romênia, na Irlanda). No Brasil, entretanto, sempre foram raros, casos pontuais. Talvez o de maior expressão, chegando à elite do Campeonato Brasileiro, tenha sido o efêmero Ceub, de Brasília. Durante seus quatro anos de profissionalismo, no início da década de 1970, o time azul e amarelo disputou três edições do torneio nacional, mesclando jogadores rodados, até com passagem pela Seleção, à prata da casa, e conseguiu alguns grandes resultados. Sua trajetória é o tema de hoje em “Azarões Eternos”. 
Exemplar belo e ileso. Vieram com 'furinhos' no meio. Típicos da garotada nos anos 70. Segundo o antigo dono, esses furos eram comentados na fábrica Brianezi para os clientes executarem a fim de obterem uma melhor 'aerodinâmica' nos botões.
Placar 1987. Reparem que a revista mencionava o histórico clube candango na lista dos Brianezi
Primeira Edição dos clubes feitos pela Brianezi em 1972
As origens
Os campeonatos de futebol em Brasília começaram antes mesmo da inauguração da capital, em abril de 1960, reunindo clubes originados de construtoras, associações classistas e órgãos governamentais, como o Grêmio Brasiliense, o Cruzeiro, o Rabello e o DFL (Departamento de Força e Luz, ou “Defelê”, como era popularmente conhecido). Houve até mesmo um pioneiro período profissional, em meados da primeira década, que levou a alguns destes clubes a disputarem as fases regionais da Taça Brasil e que terminou por volta de 1967 com a falência dos poucos que ainda resistiam. Ao longo do período, o público foi minguando, o que levou a um retorno ao amadorismo.
Em fevereiro de 1971, foi a vez dos alunos e funcionários do Centro de Ensino Unificado de Brasília (Ceub) – universidade privada fundada dois anos antes – criarem um clube, que estreou no torneio amador da capital naquele mesmo ano. Na primeira participação ficou em terceiro, decidindo o título do ano seguinte com o Serviço Gráfico. Já em 1973, viria o passo mais ambicioso: ao saber que a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) pretendia ampliar o Campeonato Brasileiro de 26 para 40 clubes, possivelmente incluindo um representante do Distrito Federal, o Ceub se aproximou da entidade, pleiteando a vaga.
A CBD fez exigências: para disputar o Nacional, o Ceub precisava se profissionalizar, além de contar com um estádio com capacidade mínima exigida para mandar seus jogos. Assim foi feito: apesar de manter o nome, o clube se desligou administrativamente do centro universitário que o dera origem (ainda que a instituição mantivesse a ajuda financeira e cedesse bolsas de estudo aos atletas). Reformou e ampliou a toque de caixa o Estádio Edson Arantes do Nascimento, o Pelezão, que passou a receber até 40 mil pessoas. E para não fazer feio no Brasileiro, trouxe vários jogadores experientes do Sul e Sudeste.
Pronto para o Brasileiro de 1973
Para o gol, chegaram Rogério (ex-Grêmio) e Valdir (ex-Vasco). A defesa foi reforçada com os veteranos Rildo (ex-Botafogo, Santos e seleção brasileira da Copa de 1966) e Oldair (ex-Palmeiras, Vasco, Fluminense e capitão do Atlético Mineiro na conquista do título brasileiro de 1971), além do zagueiro Paulo Lumumba (ex-Bonsucesso e Flamengo). No meio, o volante Jadir (ex-Grêmio) atuaria à frente do setor defensivo. O ponta de lança era Cláudio Garcia (ex-Fluminense). E para a frente também vieram Dario (ex-América-MG, Palmeiras, Flamengo e Fluminense) e os ponteiros Tuca Ferretti (ex-Botafogo) e Xisté (ex-Palmeiras).
Aos nomes rodados, misturava-se a prata da casa, garotos de 17, 18 anos revelados pelo próprio clube que teriam então uma vitrine nacional. Eram os casos do zagueiro Emerson (filho do supervisor do clube), do talentoso meia Péricles (já um ídolo da torcida) e do ponteiro Marco Antônio (que mais tarde seria convocado pela seleção brasileira amadora para disputar o Torneio de Cannes). Ao longo do primeiro semestre de 1973, o time fez uma série de amistosos com grandes clubes do país para adquirir conjunto e experiência. Agora o único clube profissional do Distrito Federal, o Ceub passou a manter duas equipes: uma para o Campeonato Brasileiro e outra, amadora, para participar do torneio metropolitano.
Inicialmente, o time trabalhou sob o comando do técnico Marinho, demitido após pouco mais de 20 dias no cargo por desentendimentos com dirigentes. Para o Campeonato Brasileiro, chegaria o experiente e folclórico João Avelino. Entre a saída do primeiro e a contratação do segundo, Cláudio Garcia acumularia interinamente os cargos de jogador e treinador. A estreia no Campeonato Brasileiro viria numa tarde de sábado, 25 de agosto, contra o Botafogo diante de um Pelezão lotado. O jogo teve transmissão ao vivo para todo o Brasil pela TV Tupi e foi bem disputado, terminando num empate sem gols.
Naquele jogo, o Ceub entrou em campo com o time considerado titular: Rogério no gol, Oldair na lateral direita e Rildo na esquerda, postados mais defensivamente, Paulo Lumumba e Emerson como dupla de zaga, Jadir, Péricles e Cláudio Garcia no meio e Marco Antônio, Dario e Valmir (outra cria da base) no ataque. Pela transmissão, ainda em preto e branco, não foi possível notar as cores do novo time, mas o desenho da camisa – predominantemente azul, mas com as mangas listradas em azul e amarelo, além dos calções e meiões brancos - já chamava a atenção.
Vitórias marcantes sobre clubes grandes
Com o goleiro Valdir, arte do saudoso amigo Ale di Caprio, do Tribuna do Botão.
Em breve, o que se destacaria era a campanha: após o empate na estreia, os brasilienses perderam para o Coritiba fora por 2 a 1, mas se recuperaram batendo o Figueirense no Pelezão e, em seguida, obtendo seu primeiro triunfo marcante, diante do Cruzeiro. Em 5 de setembro, o time mineiro levou todos os seus craques – Raul, Nelinho, Perfumo, Piazza, Zé Carlos, Dirceu Lopes – ao Pelezão, mas não conseguiu furar a defesa do Ceub, com Oldair e Rildo fechando os espaços pelos lados e Jadir, pelo miolo, além de Péricles ganhando a batalha com Dirceu Lopes. Na etapa final, após suportar a pressão, os donos da casa marcaram aos 21 com Dario e aos 31 com Marco Antônio, conquistando uma vitória de 2 a 0 muito comemorada.
Após o resultado, entretanto, o Ceub começou uma sequência ruim, prejudicado pelas repetidas baixas no elenco (trazido para supri-las, o veterano zagueiro Roberto Dias, ex-São Paulo, acabou tendo passagem meteórica, de apenas quatro jogos). Embora continuasse a tirar pontos das equipes dos grandes centros (depois do 0 a 0 contra o Botafogo e a vitória sobre o Cruzeiro, os brasilienses também arrancaram um empate com o São Paulo e bateram o America do Rio), passou a decepcionar com derrotas para equipes do Nordeste, perdendo em casa para CRB, Moto Clube e Fortaleza. Este último revés provocou a demissão do técnico João Avelino, que saiu com o mesmo discurso dos jogadores: a equipe tinha ótimo potencial, mas vinha sofrendo uma maré de azar.
A falta de sorte continuou no jogo seguinte, derrota por 1 a 0 para o América Mineiro num gol contra do lateral Lauro. Novamente treinada por Cláudio Garcia – que agora encerrava definitivamente a carreira de jogador e iniciava a de técnico – a equipe teria nada menos que o Corinthians pela frente, três dias depois. Mesmo com a ausência de Rivelino, os paulistas eram francos favoritos e vinham em alta na competição, sustentando uma invencibilidade de dez partidas. Mas foi o Ceub quem abriu o placar com o atacante Juraci aos 37 do primeiro tempo. Na etapa final, o centroavante Roberto Miranda empatou para o Alvinegro aos 27, mas, quando já era certa a virada corintiana, Juraci marcou outra vez e deu a vitória aos brasilienses.
Embalado, o time conquistou sua única vitória fora de casa na partida seguinte, diante do Paysandu em Belém, outra vez com gol de Juraci (1 a 0). Ironicamente, o técnico do Papão era João Avelino, contratado dias depois de ser demitido pelos brasilienses. Divididos em dois grupos de 20 equipes no primeiro turno, os 40 clubes do Brasileiro foram redistribuídos em quatro grupos de dez para o returno. Nesta etapa, o Ceub fez ótima campanha no Pelezão, vencendo Comercial de Campo Grande, Paysandu (outra vez) e Moto Clube e empatando com Santa Cruz e Remo. Mas como visitante perdeu suas quatro partidas.
Na soma das duas fases, o Ceub terminou em 33º lugar, com oito vitórias, seis empates e 14 derrotas, sem chegar a sofrer nenhuma goleada. Embora não avançasse para a etapa seguinte, disputada pelos 20 melhores da fase classificatória, o balanço final foi favorável, com retrospecto aceitável para um estreante, especialmente em vista dos bons resultados diante dos clubes grandes. Na virada do ano, em fevereiro de 1974, o time de amadores conquistou o Campeonato Brasiliense de 1973, superando numa melhor de três partidas a equipe do Relações Exteriores. Foi o único título do clube no torneio.
1974: Casa nova, mas campanha fraca
Mantido pela CBD no Brasileiro para o torneio de 1974 (que começaria logo depois do encerramento da edição de 1973), o Ceub perdeu alguns de seus nomes experientes: o goleiro Rogério foi negociado com o America do Rio (no qual participaria de um time histórico, o que venceria a Taça Guanabara daquele ano), Jadir retornou ao futebol gaúcho e Paulo Lumumba encerrou a carreira – além de Cláudio Garcia, que agora, oficialmente, era apenas o técnico. Reserva no ano anterior, o ex-vascaíno Valdir assumiu a camisa 1, enquanto Pedro Pradera entrou na zaga no lugar de Lumumba.
Outra novidade foi o estádio. Durante aquele Brasileiro, o Ceub deixou o Pelezão e passou a atuar no mais novo palco da Capital Federal, o Estádio Governador Hélio Prates da Silveira (que futuramente seria renomeado Mané Garrincha). A inauguração do estádio aconteceu justamente na partida de estreia do Ceub no campeonato, contra o Corinthians, em 10 de março. Os paulistas tiveram sua revanche da derrota no Pelezão no ano anterior e venceram por 2 a 1, com dois gols de Vaguinho. Juraci, autor dos tentos da vitória brasiliense em 1973, descontou para os donos da casa.
Mesmo assim, a campanha na segunda participação no torneio nacional foi sensivelmente mais fraca. O Ceub venceu apenas três partidas (Fortaleza e Sport em casa e o Nacional em Manaus), mas seus resultados mais significativos foram os empates contra o Palmeiras e o São Paulo (o time também ficou na igualdade com Portuguesa, Santa Cruz, Goiás e o Operário de Campo Grande). Terminou numa modesta 37º posição entre 40 equipes, superando apenas Itabaiana, Avaí e CSA. O público também se afastou: no ranking das rendas, o clube ficou no mesmo 37º lugar, à frente dos Américas Mineiro e de Natal e do Olaria. 
Inauguração do Mané Garrincha 
1975: Excursão ao exterior e última campanha no nacional
Em fevereiro de 1975, João Avelino voltou ao comando da equipe, substituindo Aírton Nogueira, que passaria a ser seu auxiliar. E em maio, o Ceub embarcou numa extensa excursão pela Europa e norte da África, passando por Marrocos, Argélia, França, Iugoslávia e Espanha. Em meio a um desempenho oscilante, bastante comum neste tipo de empreitada, alguns dos resultados foram marcantes. Na França, a equipe brasiliense derrotou o Racing Strasbourg (2 a 0) jogando no Parc des Princes. E na Espanha, emendou triunfos sobre o Deportivo de La Coruña (2 a 0), o Betis (2 a 1) e o Tenerife (2 a 0).
No segundo semestre, para aquela que seria sua última participação no Brasileiro, a equipe ainda mantinha alguns bons valores feitos em casa, como Emerson, Péricles, Marco Antônio e o ponta Dinarte, mas também apresentava outros novos, como o goleiro Paulo Vitor (mais tarde campeão brasileiro e tri carioca pelo Fluminense, além de defender a seleção brasileira) e o ponta-direita Junior (que seguiria no ano seguinte para o Flamengo, onde seria chamado de Junior Brasília). Assim, as contratações chegaram em volume menor do que dois anos antes: os nomes mais destacados foram os do goleiro Jair Bragança (ex-reserva de Wendell no Botafogo, trazido por empréstimo) e um já veterano Fio “Maravilha”, ex-Flamengo.
Com o técnico Marinho retornando no lugar de Avelino, o time perdeu os dois primeiros jogos, em visitas ao Goiânia e ao Figueirense, ambas por 2 a 1, mas em seguida reagiu e fez campanha bastante consistente na primeira fase. O primeiro ponto veio ao segurar um empate contra o Grêmio (0 a 0) em pleno Olímpico, feito repetido diante da Portuguesa no Pacaembu (1 a 1). De volta ao Pelezão, vieram os primeiros triunfos: 2 a 1 sobre a Campinense, com gols de Marco Antônio e Fio, e 1 a 0 contra o Vitória, gol de Péricles.
A única derrota daquela sequência até o fim da primeira etapa veio em casa diante do Flamengo, no jogo que estabeleceu o recorde de público do Pelezão: mais de 41 mil torcedores viram os rubro-negros vencerem por 1 a 0, com tento marcado pelo ponteiro Luís Paulo. Nos quatro últimos jogos, o time foi buscar no fim um empate em 2 a 2 com o Sergipe em Aracaju e, em casa, derrotou o América de Natal por 2 a 1, empatou sem gols com um forte Santa Cruz (que seria semifinalista naquele ano) e, de novo, conseguiu um 2 a 2 com dois gols no fim diante do Santos. 
O desempenho equilibrado (três vitórias, cinco empates, três derrotas, 12 gols marcados e sofridos) não foi, entretanto, o suficiente para levar o Ceub a um dos grupos de vencedores na fase seguinte. Relegado à repescagem, o time até começou bem, vencendo a Desportiva e arrancando um empate contra o CSA em Maceió, mas decepcionou nos últimos jogos, perdendo em casa para Americano e Bahia e caindo com um 3 a 0 para o Náutico no Arruda, na despedida. Na classificação final, o time ocupou a 31ª posição.
1976: O fim do Ceub
Ironicamente, o ano de 1976, em que o Distrito Federal voltaria enfim a ter um campeonato profissional, também assistiu ao fim do Ceub. Tudo por conta de uma polêmica quanto à indicação do representante no Brasileirão daquele ano. No início da temporada, a CBD anunciou que a vaga no torneio nacional ficaria com o campeão do certame brasiliense, a ser iniciado em abril. O regulamento original previa que as oito equipes se enfrentassem em três turnos corridos, com os vencedores de cada etapa reunidos na fase final.
O Ceub começou com todo o gás: logo na estreia, sapecou 6 a 0 no Gama, conquistando o primeiro turno com seis vitórias e um empate em sete jogos. A primeira intervenção da CBD veio pouco antes do returno: a entidade exigia um encurtamento do torneio, para que o campeão fosse conhecido até 40 dias antes do início do Brasileiro. A etapa então foi reformulada, com as equipes divididas em dois grupos, com um jogo extra entre os vencedores para apontar o campeão do returno. E novamente deu Ceub, que, de acordo com o regulamento, levaria dois pontos extras para o terceiro e último turno.
Até que a CBD entrou novamente em cena, exigindo um novo encurtamento do calendário. Sem saber o que fazer, a Federação Metropolitana recebeu da entidade nacional a sugestão de suspender em caráter temporário o torneio regional e realizar, a toque de caixa, um torneio extra para apontar o participante do Brasileiro de 1976 (enquanto que o Campeonato Brasiliense, a ser retomado mais tarde a partir do terceiro turno, indicaria o representante no Brasileiro de 1977). O Brasília venceu o torneio extra, dando início uma guerra judicial nos bastidores que culminou com a perda da vaga no Brasileiro pelo Distrito Federal (seria repassada a São Paulo, que indicou a Ponte Preta).
Sentindo-se prejudicado – já que vinha em ótima situação no torneio regional, com chance até de levar a taça de modo antecipado, sem a necessidade de finais e, dessa forma, ser indicado para o Brasileiro – o Ceub se desinteressou pela disputa do terceiro turno do Campeonato Brasiliense, abandonando a competição e extinguindo seu departamento de futebol profissional. Seus resultados no torneio passaram então a ser desconsiderados, com os segundos colocados no primeiro e segundo turnos herdando a vaga no triangular final, ao lado do Brasília, vencedor da terceira etapa – e que conquistaria o título.
A partir daquele ano, o Brasília tomaria a hegemonia do futebol local, arrebanhando nomes criados no Ceub – como o goleiro Paulo Vítor, o meia Péricles e o técnico Cláudio Garcia – e vencendo sete dos nove campeonatos disputados até 1984. O Distrito Federal ainda assistiria a longos períodos vitoriosos do Gama (década de 1990 e início dos anos 2000) e do Brasiliense (do início dos anos 2000 em diante). Ambos chegariam a transpor sua força para o âmbito nacional, subindo divisões até a elite do Brasileirão e fazendo ótimas campanhas também na Copa do Brasil. Mas, bem antes deles, o Ceub, em sua curta trajetória, foi o grande desbravador, o primeiro a causar impacto no resto do país.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Lote 62 - CEUB/DF (Centro Esportivo Universitário de Brasília) **raridade produzida nos anos 70 de um fabricante *desconhecido

Maravilhoso exemplar, nos moldes da Brianezi, em decoração apenas com o emblema e o número. Tinta da época, original ou semelhante, e os escudos também originais da empresa de decalcomanias CROMOCART que fornecia para as fábricas de botões como CRAK´S, do Guilherme, Sportec do Júlio e Brianezi de Paulo/Lúcio. 
Tamanho de 40mm e celulóides puros e antigos. Um dos primeiros reforços para a série D, já com os seguintes times: União Bandeirante da Ki-Gol, Sergipe da Mini Play e CEUB.
Lembrando que mensagens de insistência para vender qualquer jogo e/ou quanto vale? $ (não sou avaliador, sou jornalista, botonista/colecionador, em busca do justo) não serão respondidas e deletadas. 

Quem era o fabricante dessa relíquia? quem quiser comentar sobre os botões e o seu antigo dono, podem passar mensagens. 
Seja bem-vindo CEUB!

BOTÕES PARA SEMPRE APRESENTA:
CEUB - DF - CAMPEONATO NACIONAL DE 1973

 1974
Este acima era o escudo da UNIVERSIDADE. Também usado nos Brianezi e Bolagol. Já o utilizado na camisa do Clube era esse:
Criado em 1969 por universitários do Centro de Ensino Unificado de Brasília, o CEUB foi a primeira equipe Brasiliense a disputar a divisão principal do campeonato nacional, em 1973. Entretanto, a vida da equipe foi curta. A primeira edição do Campeonato Brasiliense, em 1976, marcou também o fim do CEUB. O time ganhou os dois primeiros turnos. Liderava o terceiro e último quando a federação local virou a mesa, determinando que fosse disputado um quadrangular para apontar o campeão e representante do Distrito Federal no Brasileirão. A diretoria do CEUB não aceitou. Irritado com a posição do CEUB, Heleno Nunes, Presidente da antiga CBD (hoje CBF), determinou que o Distrito Federal não teria representante no Brasileirão. A manobra antecipou o fim do clube, que também tinha problemas financeiros. Hoje, tudo que restou do CEUB foram troféus e recortes de jornais guardados no escritório de Adílson Peres, advogado, que foi o presidente do CEUB naquela época. "Sinto saudade daquele time", afirma.
40mm
1970´s
Títulos: Campeão do Distrito Federal em 1973
Melhor Colocação em Campeonatos Brasilienses: Campeão do Distrito Federal em 1973
Participações em Campeonatos Brasileiros: 33º (1973); 37º (1974); 31º (1975) 
73
No campeonato nacional de 1973

terça-feira, 14 de julho de 2015

Gama - DF - Jucrake - 1990´s

Time produzido pela Crakes quando a equipe do DF estava na série A do Brasileiro, fim dos anos 90
Bezerrão

terça-feira, 18 de março de 2014

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Timaço do Brasília de 1977 com o ídolo Ernani Banana

A arte é de Alessandro - Tribuna do Botão

Ernani Banana era a referência do time. Ídolo da torcida, o meia-atacante era saudado com folhas de bananeira, em alusão a seu apelido, no estádio Pelezão, onde o Colorado mandava seus jogos. Com o atleta na equipe, o clube conquistou o tricampeonato candango de 1976 a 1978 e conseguiu passar, em 1977, à segunda fase de uma competição nacional, feito inédito entre as equipes do cerrado. Ernani, hoje um comerciante de 55 anos, valoriza muito os feitos do Brasília pelas dificuldades estruturais enfrentadas na época. - Não tínhamos nem campo para treinar e fazíamos no máximo dois coletivos por semana. Os salários eram baixos, sofríamos com a precariedade no deslocamento e para ter equipamentos básicos. Os desafios eram tão grandes que cada pequena conquista era motivo suficiente para celebrar. Tanto que a partida inesquecível do ex-jogador com a camisa vermelha foi a estreia do clube em casa em Campeonatos Brasileiros, em 1977, mesmo com derrota para o Botafogo. - Tínhamos um time bom e fizemos uma partida maravilhosa, mas perdemos por 1 a 0 - lembrou. Ernani mora em Taguatinga e ainda acompanha o Brasília pela imprensa, mas não cogita se envolver na política do clube nem trabalhar como treinador.
Hoje Ernani Banana é comerciante. Aqui ele relembra seus jogos memoráveis. Foto: Globo Esporte.
No time de 1978


1979 com Edmar