Botões para Sempre mostra abaixo o São Paulo FC feito de material
galalite, time muito antigo que veio na caixinha de sapatos, recém-adquirida.
Super valorizados no mercado, os botões e fichas de galalite ainda
fazem sucesso, sobretudo nos Estados do Rio Grande do Sul, Rio de
Janeiro e Bahia, informação passada para o blog pelo colecionador e
ex-presidente da Federação Paulista de Futmesa, Jorge Farah. Conheça estas peças, que, segundo os colecionadores saudosistas, são bem cobiçadas no mercado; chamados de 'puxadores' pelos antigos colecionadores, feitos de galalite, um material usado
para fazer botões de camisa, canetas, guarda-chuvas e até cachimbos. A galalite
– nome comercial de caseína formaldeído – é uma matéria plástica obtida de
substâncias orgânicas, sobretudo do leite, que lembra bastante o osso
artificial e o marfim. Um único botão de galalite (‘beque’ grande) chega a
custar muito caro, entretanto, isto é uma outra história que não entrarei no mérito da questão.
O surgimento da
Galalite
A caseína é a principal proteína de leite, especialmente
na forma coagulada como no queijo. O nome vem do latim Caseus Cheese. É
insolúvel em água, na verdade, caseína nela incha. É solúvel em soluções
alcalinas. Queima-se dificilmente, com cheiro de proteínas orgânicas, utilizada
como um ligante de pigmentos de cor nos tempos antigos.
A qualidade da caseína do leite depende, portanto, sobre
as raças de vacas e as áreas em que são criados. Em 1882, a caseína é usada
principalmente para fazer o queijo, mais recentemente, o papel
fotográfico. É encontrado em colas, tintas, massa e cimento.
Marceneiros, pintores e gravadores de madeira utilizam a caseína. Em
1895, dois químicos alemães, Wilhelm B. Krische e Adolf Spitteler,
imaginam para substituir o quadro negro da sala de aula, feita de ardósia,
por uma área de forte luz branca para escrever e apagar com uma esponja
umedecida. Eles descobrem que a caseína pode ser endurecida com formaldeído. O
novo material compete contra o celulóide, tudo o que é flexível e é utilizado na
geração de diversos objetos, tais como: pentes, brinquedos,
prateleiras, coleiras etc. Esse material ficou muito parecido com um chifre,
sendo ele polido ficando brilhante. Com a evolução descobre-se a formalina, o que
torna insolúvel e duro. Nasce a Galalite, mais conhecido
como leite de pedra. Possui uma densidade de 1,35 inodoro, não
inflamável, resistente aos ácidos e solventes, podendo ser serrado,
torno-trabalhado, furado, frisado, colado, polido, tendo a água como seu principal
reagente. Pode ser amplamente colorida imitando marfim, mármore e as mais
variadas tonalidades de cores.
Fonte: Blog ‘LB Galalite’
Diversos botões de galalite
A História
Galalite
é uma matéria plástica natural de origem protéica obtida de substâncias
orgânicas, especialmente o leite. Foi obtida, pela primeira vez, em 1897 por
Adolph Spitteler y W. Kirsche a partir do formaldeído, mediante a reação de uma
enzima. Conhecida pelo nome comercial de Galalith (Galalite no Brasil)
apresentava-se com um aspecto similar ao do celulóide ou também ao marfim e ao
osso artificial. A primeira indústria estabeleceu-se na Grã-Bretanha em 1913.
Em 1930 a
produção mundial alcançou 10 mil toneladas. Galalite, na verdade, é o nome
comercial, patenteado, embora a marca registrada tenha se estendido passando a
denominar o produto, que, na verdade, é a caseína formaldeído. Foi
usada para fazer botões, fichas, pins, cigarette-cases, canetas, sombrinhas e
caixas de rádio, além de tampas de tinteiro etc.
Os testes mais conhecidos
Pegue a
ficha, botão ou outra peça que supostamente seja de galalite. Pegue também uma
lixa d´água, bem fina e, de posse destes dois materiais, lixe uma parte da
superfície da peça em questão. Se o cheiro for semelhante a queijo velho, é uma
peça de galalite. Outro teste, desconhecido por muitos, é o que sempre uso.
Ponha uns dois dedos de água sanitária em um recipiente juntamente com a peça
supostamente de galalite. Apenas uma pequena parte desta peça, ficha, botão ou
outra peça qualquer, necessariamente precisa estar imersa na água sanitária. Após poucos minutos, será visível que a peça comece a desmanchar-se, uma
substância branca (a caseína) se misturará com a água. Não precisa mais nada. A
peça é, realmente, de galalite. Tenha cuidado para não esquecer a peça imersa
na água sanitária.
Cuidados
Galalite teme o calor e a umidade, portanto nunca deixe seus botões ou fichas
expostas ao sol ou à chuva.
Fonte:
Blog ‘Botões e Fichas de Galalite’
Bazar Mimo, em Porto Alegre-RS
No
Bazar Mimo, loja especializada em futebol de mesa situada no centro de Porto
Alegre, é possível adquirir relíquias de galalite. O dono do local, o sr. Domênico
Bernardino Romano, 64 anos, mais conhecido como “Seu Mimo”, (foto acima) afirma que o
principal fator para tal discrepância de preços está no material da peça. De
acordo com Mimo, o botão de acrílico é mais comum e, portanto, mais barato. Os
mais caros são os de galalite, um tipo de material nobre importado da Europa.