Copa de 1982

Copa de 1982
Lembranças da Copa do Mundo de 1982: veja o artigo que escrevi sobre o melhor mundial de todos os tempos
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sábado, 23 de março de 2024

Estrela GOOOLLL! 1969/70 - com etiqueta e carimbo! Preciosidade na caixa São Paulo x Corinthians

 Super agradecimento especial ao Dr. Moacir Peres pela doação do jogador faltante do Corinthians, o Maciel. 

Gratidão Sempre!

'Canoinhas' - escalações de 1969, circulado na praça em 23 de Março de 1970, conforme carimbo registrado na parte interna da tampa da caixa! E, coincidentemente, o dia/mês desta referida postagem!!!!!!! Claro em 23 de Março de 2024.

São os últimos modelos 'canoas', produzidos pela Estrela S/A, antes dos 'panelinhas'

Maciel

Catálogo 1968/69






quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Gratidão Eterna por este time espetacular do Botafogo original 'canoinhas' Estrela 1968

Doação e Presente Inesquecível!
Uma grande alegria após nem 1 mês que meu pai partiu para a pátria espiritual. Doutor Moacir Andrade Peres, um grande exemplo do colecionismo, de caráter, educação, generosidade e sobretudo fraternidade...
Obrigado e Gratidão Dr. Moacir Peres por essa máquina original da Estrela carinhas de 1968, o Botafogo que nenhum palmeirense vai tirar o título de 2023, muito próximo de conseguir, eu fico feliz, e mais feliz de ver que temos pessoas super bondosas neste colecionismo, o senhor é exemplo do BEM!
Em nome de minha pequena família, de meu irmão magistrado também, que JESUS TRAGA EM DOBRO, SAÚDE E PAZ! Gratidão. Bônus que ele me mandou, mais Penas de Aço também do antigo ESTADO DA GUANABARA. Abs fraternal.




segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Doação de Botões para Sempre

Eu e meu amigo José Oliveira, do interior paranaense, temos a mesma premissa: lutar contra a escória do colecionismo. Você merece muito mais meu amigo, te agradeço primeiro pela amizade, e segundo por sua eterna colaboração desde 2011! Gratidão e parabéns pela caixa de madeira!!
"Postagem especial em agradecimento pelo lote recebido (mais um !!!) do amigo Bucci, mais um lote fantástico e contando um pouco da história do futebol de botão, com caixa de madeira e tudo !!!
Obrigadíssimo sempre meu amigo e que Deus continue te abençoando e iluminando sempre !!!
Obs: Os itens não estão pra negociação." José Oliveira, colaborador de Botões para Sempre.






Estrela de 1950, Azes da Pelota, pretos

terça-feira, 21 de maio de 2019

Onze de Ouro totalmente Original - Seleção Brasileira de 1962

Agradeço imensamente ao amigo e colecionador, Dr. Moacir Peres, que conseguiu de forma brilhante completar originalmente a seleção de 1962 feita pela Saravan, em parceria com a Jofer de Guarulhos.
Dr. Moacir que Jesus o retribua em dobro, com saúde e felicidades. Seu gesto de grandiosidade, educação e generosidade é exemplo no colecionismo de botões.
Clássico do futmesa, os botões históricos da primeira fornada de 1964 da Coleção Onze de Ouro eram muito procurados em bancas de jornais da época.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Agradecimento especial: Doação de 'carinhas' raríssimas

Agradeço imensamente ao colecionador e amigo, Dr. Moacir Peres, que nos presenteou com essa belíssima coleção particular intitulada 'Feras do Saldanha', botões originais que eram vendidos no auge de rostos de jogadores em bancas nos anos 60 e 70; As 'carinhas' possuem forma de 'feras'; uma relíquia e atrás das chapinhas aparecem os dizeres 'Ídolos do Futebol'. Que Jesus, o nosso Pai Celestial, o retribua em dobro, com saúde e paz, Sempre. 

sábado, 23 de março de 2019

Agradecimento: Doação de Goleiros

Agradecimento especial ao amigo Mestre Violonista, Maurício Carrilho, que nos presenteou com esses goleiros lindos que literalmente:
JOGAM POR MÚSICA.
Esses goleiros foram feitos na oficina de lutheria do Lineu Bravo, em Taubaté/SP. Lineu é um dos mais importantes construtores de violão do Brasil. Os goleiros foram produzidos com retalhos de madeiras nobres e muito especiais, que são usadas no violão. O miolo é de cedro brasileiro, usado no braço do instrumento. O goleiro claro, na foto, é coberto de 'Abeto', do norte da Europa, utilizado na tábua harmônica do violão. Já o goleiro escuro é coberto com jacarandá da Índia ou 'rosewood' - madeira reflexiva usada na lateral e no fundo do instrumento.

segunda-feira, 11 de março de 2019

Agradecimento: Doação de botões

Agradeço imensamente ao colecionador Edu, que nos presenteou com seu acervo de botões Brianezi, World Futebol de Mesa e, sobretudo, aos belos Crak´s antigos (flexíveis) feitos pelo saudoso Guilherme Biscasse em fins dos 70´s.

quinta-feira, 7 de março de 2019

Raridade: Bolinhas promocionais da Toddy 1962

Agradeço imensamente ao colecionador Dr. Moacir Peres pelo presente recebido do Nílton Santos, uma relíquia feita pela Toddy, em bolinhas comemorativas ao bicampeonato da seleção brasileira.
 Acervo Moacir Peres

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Agradecimento 2: Doação da Seleção brasileira Tri-campeã de 70 - Canoinhas Originais - Brinquedos Estrela 1971

Dr. Moacir Peres agradeço de coração a sua doação linda e impecável, sem nenhum dano, da seleção mais harmoniosa de todos os tempos.
Sem dúvida, o time de 'carinhas' mais fantástico que fizeram de todos os fabricantes, na minha visão. A seleção de 1970 está entre as melhores que tivemos, ao lado, claro, de 1958 e 1982.
Porém, em 1970, foi a consagração do REI PELÉ. Seu gesto de generosidade, caráter e compreensão impressionam.
Saiba que isso é motivo de orgulho para mim e para minha família.
Isso é exemplo no mundo do colecionismo. Diferente do que eu vivi no passado recheado de egoísmo, amizades falsas, inveja, desprezo e traições.
Que Deus o retribua sempre em dobro, saúde, e paz, conte comigo PARA SEMPRE. Um abraço fraternal,

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Agradecimento: Doação do Dínamo de Zagreb - Brianezi flexíveis 1977

Dr. Moacir Peres agradeço de coração a sua doação desse famoso time do Leste Europeu. Seu gesto de generosidade, caráter e compreensão impressionam.
Saiba que isso é motivo de orgulho para mim e para minha família.
Isso é exemplo no mundo do colecionismo. Diferente do que eu vivi no passado recheado de egoísmo, amizades falsas, inveja, desprezo e traições.
Que Deus o retribua sempre em dobro, saúde, e paz, conte comigo PARA SEMPRE.
Um abraço fraternal,

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Doação: Caixa lacrada de botões antigos

Agradeço imensamente ao amigo Alexandre Badolato que é o maior colecionador do Brasil de carros antigos da marca Dodge. Um dos maiores nomes do colecionismo brasileiro, que já foi fabricante de botões com lentes fantásticas em 1985-87, me presenteou com diversos times raros de marcas antigas, que, em breve, estarão postadas aqui no blog. Badolato, sua caixa também está aqui já guardada para ser presenteada ao amigo. Não é de um tamanho de um 'dodge', mas é de coração de um jornalista que está primeiro se divertindo com jogos brilhantes de muitos times que vieram de sua coleção, além de matérias fantásticas para os leitores de 'Botões para Sempre', especialmente graças ao seu talento, caráter e generosidade.
PARA SEMPRE, MUITO OBRIGADO E QUE DEUS TE ILUMINE SEMPRE! 
Abraço fraterno,
Ricardo Bucci
Jornalista MTB 28.445
Botões para Sempre

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Apoio total contra a máfia e quadrilha de botões antigos

Botões para Sempre traz mais relatos de amigos colecionadores do bem que nos escrevem sempre, apoiando minhas postagens. Algumas passagens para muitos abrirem o olho, como eu já abri. Muito obrigado, meu amigo paranaense, em breve, nos conheceremos, faremos uma entrevista somente com botões, e você ganhará de mim, sem custos, um time de 'carinhas' originais da Gulliver que você gostava tanto. Você me estendeu a mão, com as cartelas escaneadas, que foi pioneirismo do site em 2011, quando o blog surgiu. O seu presente está aqui, chegou, uma Ponte Preta de 1977 repetida, originalíssima e com goleiro. 
Muita gente só pensa nisso aqui: $$$$$. 

"Caro amigo Ricardo Bucci, ao ler suas palavras com as terríveis experiências que tivestes com esses 'lixos' do colecionismo, tanto com vendedores como colecionadores/revendedores, me sinto cada vez mais triste e desmotivado com tanta ganância e tanto pensamento em prol de si, somente que esses elementos possuem e trabalham para sustentar hobby de milionários, sem pensar no outro lado dos colecionadores. Muitos colecionadores são despreparados, ainda bem que você vem os ALERTANDO, afoitos em adquirir tais preciosidades, uma pena mesmo que hoje em dia continue a ser perpetuar no mundo famigerado do colecionismo, em geral, em botões, figurinhas, chaveiros, selos, revistas etc.
E eu falo essas palavras pra você, meu amigo, pois assim como você fui vítima desses famigerados piratas, quando tive por objetivo completar as minhas coleções de figurinhas em especial três delas, a 'Futebol Cards' e 'Craques da Bola', da Ping Pong. Eu gastei o que podia e o que não podia muitas vezes usando o limite da conta bancária e pedindo empréstimos para poder completá-las, mas ainda acho que cheguei a pegar uma fase ainda meio tranquila desse 'MERCADO NEGRO', Virtual, sim, pois a internet ainda engatinhava no nosso país 'Tupiniquim'. Hoje em dia, por exemplo, pelo preço que paguei para fechar a coleção Futebol Cards naquela época, coisa de uns 15 anos mais ou menos, ela valorizou-se 3 vezes mais o seu valor pelos preços que vejo serem praticados pelos piratas por aí. Assim como você, hoje não CAIO MAIS NA LÁBIA DELES NÃO".
Infelizmente são os tempos de hoje, Mestre Bucci, tempos de globalização, em que as informações, contatos e negociações são muito fáceis e rápidos de serem realizados e tempos de crise, onde os tais PIRATAS E RATOS oferecem quantias ínfimas por itens cobiçados por colecionadores, onde eles devem usar aquele famoso lema pra quem cede os acervos/botões: "É melhor pagar toda essa coleção por 100 reais tudo, o que você tem, do que ficar parado aí". E quantos se aproveitam de esposas de falecidos. Muitas pessoas suaram para comprar coleções e acabam na MÃO DESSES PICARETAS. Não sei se o amigo já assistiu, mas o que ELES PRATICAM É BEM TÍPICO DE PROGRAMAS dos canais pagos como "Trato Feito" e "Caçadores de Relíquias", entre outros, ou seja, se na TV eles passam esses programas promovendo dessa forma de propagação dessa prática, o que dizer?"
Eu como você, já não prefiro mais negociar com essa GENTE DO MAL. "Trouxas são eles e não nós. Isso sim, que apodreçam juntamente com seus itens que eles acham que vale OURO neste mercadinho 'negro' de raridades" Pessoas desse tipo NÃO MERECEM ATENÇÃO E AMIZADE DE NOSSA PARTE"

Nota de Botões para Sempre

Caro amigo, não é de hoje que existe uma VERDADEIRA EQUIPE DE 'PIRATAS' BRASIL E INTERNET AFORA, procurando por tudo o que é botão colecionável e raro, para MILIONÁRIOS que tenha interesse em adquiri-los. O pior disso é, como você bem relata, e venho relatando em BOTÕES PARA SEMPRE, muitos times SOMEM DE REPENTE E NÃO APARECE EM LUGAR NENHUM pra revenda. Isso é muito esquisito? É a máfia trabalhando. Vão direto para o galpão de antiguidades de PESSOAS QUE COMPRAM PARA TIRAR DO MERCADO. Esse tipo de gente que compra, só pelo prazer de tirar do mercado, tendo às vezes 10 exemplares repetidos, é algo de PSICOPATIA.
Enquanto isso, como você me falou um dia, a gente vai 'convivendo' com esses pilantras ao nosso redor, denegrindo e monopolizando o colecionismo em geral para nossa infelicidade.

Bate-Bola
A pergunta que nós fazemos aqui para refletirmos melhor: COM QUAL INTUITO ESSES CAMARADAS COMPRAM TANTAS PEÇAS ANTIGAS DE FUTEBOL DE BOTÃO? Com o de deslizar os mesmos em campos Brasil afora com certeza não, é. ELES NEM DEVEM GOSTAR DE JOGAR TAL ESPORTE. ESTOCAM. Guardam. Muitas vezes tem o intuito de guardar milhares de peças repetidas para fazer negócio, ou para não deixar outra pessoa ter. Pobre dos colecionadores desavisados que os alimentam.
Sobre os preços: Os mesmos ficam lá parados na internet por meses ou anos, mas eles não parecem não se importar com isso. Fazem de propósito para FERRAR O MERCADO. 
O negócio, meu amigo Bucci, é bem como o amigo faz, ir atrás do JUSTO, tanto na Net, como nessas creches de instituições antes de cair nas garras afiadas dos 'abutres' do colecionismo. 

Original de 1977 da Gulliver repetido de "Botões para Sempre" que será doado a um seguidor do blog

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Botões Badolato (1985 a 1987): uma magistral e histórica surpresa

Botões para Sempre conheceu pessoalmente e entrevistou o empresário paulistano Alexandre Badolato, 46 anos, que é o maior colecionador de carros antigos da marca Dodge do país. Nesta reportagem exclusiva ao blog, ele revive o seu passado nostálgico como fabricante de botões no estilo 'tampa', que eram impecáveis e feitos da mais alta qualidade

Por Ricardo Bucci, jornalista, editor e idealizador do site 'Botões para Sempre'

Badolato e seus amados Dodge: "Minha família é metade da Calábria e metade da Ilha da Sicília. O máximo que eu poderia ser era 'tiffosi' do Palermo, mas como eu me sinto mais 'oriundi' do que italiano, sou palmeirense mesmo (rs)."
Alexandre Badolato, empresário e fundador do Museu do Dodge
Foto: Revista Quatro Rodas/Abril
Raríssimo Dodge Charger LS - preto - 1974: "Esse carro finalizamos a restauração e foi premiado no mês passado no evento de Carros Antigos em Águas de Lindóia/SP". 
O prédio do Museu do DODGE, inaugurado em 2010 
"Tenho muito carinho pelos meus antigos botões, porque acho que foi muito empreendedor da minha parte aprender e, efetivamente, fabricar e comercializar os exemplares com apenas 15-16 anos de idade"
Reparem o número de telefone estampado nos goleirinhos, ainda com poucos algarismos, nos anos 80. Relíquia e nostalgia pura em 'Botões para Sempre' 
Na lateral da caixa: o ano de 1986 com o telefone para encomendas. Saudades
Tudo começou na infância. O pequeno Badolato já curtia o 'velho' e amado Futebol de Botão. Naqueles idos dos anos 70 chamávamos ainda de 'jogo de botão', pois ainda não era considerado esporte, somente em 1988, pelo então Conselho Nacional de Desportos (CND). Por volta de 1978, embalado com a proximidade da Copa da Argentina, o seu gosto pela lúdica brincadeira ganhou força total. "Meu pai trouxe para casa dois times originais de celulóides da fábrica Brianezi em 50mm: uma seleção da Argentina de uma cor só e uma seleção 'canarinho' CBD com faixas circulares. Este presente me encantou demais", relembra. A Argentina não se sabe até hoje como desapareceu de dentro de sua casa. Já a seleção brasileira mandou encomendar diretamente da Brianezi um time com 50 jogadores. "Fiz um negócio maluco! Sabendo que os jogadores eram melhores ou piores aleatoriamente, comprei da fábrica, por uma pequena fortuna, mais 39 botões, numerados de 12 a 50. Portanto, eu tinha um elenco formidável de 49 botões para escalar", lembra.
A seleção CBD feita pela Brianezi, da coleção particular de Badolato.
Do jeito que está para mim é inédito!

A partir daí, os botões se tornaram uma verdadeira terapia na vida de Badolato. "Era o dia todo pensando nisso, jogando, indo nas lojas Bayard dos Shoppings Iguatemi e Ibirapuera para revirar as pilhas lotadas dos Brianezi que era, seguramente, a marca que mais gostava", conta com saudades. O colecionador recorda também que existia uma loja de nome 'Rosa Negra Esportes', em São Caetano do Sul/SP, que, de vez em quando, se deparava com outros botões de celulóides expostos nas prateleiras.
Perguntei para o colecionador se ele tem admiração por times específicos. Ele fez questão de acrescentar que nunca gostou de times comuns e populares. Tinha afeição pelas seleções menos afamadas e de times mais inexpressivos, que hoje são chamados de alternativos, principalmente do futebol brasileiro.

O nascimento dos primeiros 'guerreiros'
Um quadrado de acrílico da mais alta qualidade
  
Até que em 1985, com apenas 15 anos de idade, decidiu fabricar seus primeiros brinquedos de futebol de mesa, os nossos craques, verdadeiros aguerridos em miniatura. "Meu avô tinha uma fábrica de produtos de acrílico chamada 'Acrimet'. Mostrei a ele os botões Brianezi e disse que precisava fazer 'tampas' idênticas da fábrica do Belenzinho, com a mesma curvatura", recorda. Assim passou o caso para um ferramenteiro expert chamado Benjamim. Com o seu acompanhamento, ele conseguiu fazer uma ferramenta com 'macho e fêmea'. O macho era torneado em madeira. Quadrados de acrílicos de altíssima qualidade eram cortados e colocados num forno e, quando o material amolecia, colocava na ferramenta e prensava um de cada vez. O resultado? Botões em acrílico termoformado com uma precisão incrível das melhores safras estampado no meio. Com um riscador ia desgastando o acrílico até o botão se desprender da rebarba. Após vinha a lixa d´água para dar acabamento. Pronto. Estava feito um botão Badolato da primeira geração, visualmente idêntico a uma peça da lendária Brianezi, no mesmo tamanho em 42mm, porém um pouco menos flexível e com um material muito mais transparente e, consequentemente, "mais bonito do que os de acetato de celulóide, que empenavam muito", comenta o fabricante. Ele salienta também que seus antigos botões tinham um acabamento sem similar pelo brilho que o acrílico dava às pinturas.
Penãrol (da segunda edição) com a Finlândia (primeira geração)
Japão de 1986
Seleção romena de Badolato
O argentino Boca Jrs.

De 'vento em popa'
Com os botões viabilizados, procurou as listas amarelas e chegou a 'Cromocart', uma fábrica de decalcomanias que fornecia para a Brianezi, CRAK´S e Sportec. Comprou faixas, números e escudos. Não tinha o catálogo todo, contudo uma grande parte dele. Os goleiros eram feitos de acrílico de primeira linha, maciços, "nada das malfadadas caixas de plástico que a própria Brianezi aderiu tempos depois", comenta. Os botões eram lixados e o decalque aplicado. Depois a tinta esmalte vinha na parte de trás. "Um problema recorrente era a tinta penetrar por baixo do decalque. Resolvi isso aplicando uma fina camada de cola tenaz nos decalques para isolá-los da tinta. O acabamento ficou perfeito". Hoje, 31 anos depois, é justamente essa película de cola que escureceu um pouco.
O colecionador montou um catálogo numa cartolina plastificada com todas as opções e começou a vender no colégio em que estudava - o Pueri Domus -, da Rua Verbo Divino, em São Paulo. "Vendia tudo que conseguia fazer. Produzi muitos botões. Mas não tenho a ideia de quantas peças foram feitas, mas era comum ter que produzir cerca de 10 a 12 times por dia, no fundo da casa de minha mãe. Minhas mãos viviam em carne viva", brinca.
Foi neste local que tudo começou...
Os rivais uruguaios: Penãrol e Nacional, feitos por Badolato nos anos 80
Detalhe dos Botões Badolato feitos no começo de fabricação, em 1985
"Bucci, como você adora seleções e times do 'velho' Leste Europeu, escolhi te presentear este, que, foi um dos primeiros times que fiz nos anos 80 da primeira geração de meus botões: a grande Iugoslávia, que lembrava muito a magia e o jeito de jogar da seleção brasileira"
E aqui a seleção perfilada antes da Copa de 1982
A seleção de Luxemburgo, segunda edição, presente do amigo Badolato para a coleção de 'Botões para Sempre'.
No mês que vem estreará nas minhas Eliminatórias da Europa. Que venha a Copa para Luxemburgo!
 A segunda geração dos botões

Badolato fez uma segunda prensa, agora com 10 cavidades, que estampava dez botões, ou seja, um time de cada vez. Conseguiu fazer o molde mais alto para permitir que os botões fossem separados da placa de acrílico, não mais com o riscador, mas, sim, com uma serra de fita, facilitando o trabalho.
"Dessa vez, eu não copiei o perfil dos Brianezi, mas fiz os botões mais retos em cima, possibilitando uma marca registrada minha: os lixamentos extremos em alguns jogadores (normalmente os números 10), deixando-os extremamente baixos e possibilitando encobertas cirúrgicas", observa.
A seleção do Eire feita por Badolato. Esta sim, verde! Pois alguns fabricantes faziam erroneamente em cores vermelhas.
O extinto Água Verde, que depois virou o Pinheiros de Curitiba
O Mixto de Cuiabá
A seleção da Noruega
O Marília feito por Badolato com o mesmo processo da Brianezi, ou seja, com os decalques originais
...da Cromocart
Operário de Várzea Grande/MT
O lindo polonês Slask
A seleção do Iraque. Estes números eram típicos da Sportec, do Itaim Bibi

Clientes ilustres
Caio Ribeiro, ex-jogador e atual comentarista da TV Globo: um dos clientes nos saudosos anos 80 dos botões Badolato

Com a nova máquina que estampava os 10 botões de cada vez, a produção aumentou. Fez um programa para parceiros: cada dez pedidos que alguém trouxesse, ganhava um grátis. O ex-jogador do São Paulo Futebol Clube e da Internazionale de Milão, Caio Ribeiro, atual comentarista da TV Globo, estudava no colégio de Badolato e comprou vários times. "Cobrava caro meus botões de meus clientes. Com o lucro adquirido comprava mais peças de outros fabricantes, numa época sem internet. Organizei vários torneios de botão. Estávamos no segundo colegial, assim chamávamos naqueles idos. E muitos que tinham 'vergonha' de dizer que ainda jogavam botão começaram a se inscrever. O filho do narrador Silvio Luiz, este, um dos maiores ícones do jornalismo esportivo, participou de um deles, sendo que o próprio jornalista veio levá-lo em minha casa", atesta.
No final de 1986 chegara a hora de Badolato realizar um intercâmbio nos Estados Unidos. Ele levou alguns times na bagagem e fizeram algum sucesso. Quando voltou, em meados de 1987, até retomou as atividades. Após iniciou o curso de engenharia na USP e parou de fabricar os botões. "Algum tempo depois, por volta de 1988-89, voltei a ter vontade de jogar e já estava nos botões maciços de acrílico usinados, que tinha comprado do saudoso Guilherme Biscasse, que foi um dos fundadores da marca antiga CRAK´S, conta.

Federado na FPFM
Carteirinha de botonista na Federação

No final da década de 80 jogou no Clube Atlético Indiano e se federou na Federação Paulista de Futmesa (FPFM). Teve contato com botonistas famosos como os saudosos Della Torre e De Franco (o da caligrafia). "Eu jogava relativamente bem, mas eles eram de outro 'planeta'. Lembro-me do Torre. Nas partidas era frio como um ex-soviético, pois armava 15 ataques e convertia uns 14 gols. Uma precisão foram do comum", diz.
Badolato foi desanimando com os botões e, no final de 1989, já estava entrando de cabeça no hobby que pendura até hoje, que é sua coleção incrível de carros antigos. "Achando alguns 'restos' de fabricação na minha casa, resolvi doar para sua linda coleção, a SELEÇÃO DA IUGOSLÁVIA, DA PRIMEIRA GERAÇÃO E A SELEÇÃO DE LUXEMBURGO, DA SEGUNDA EDIÇÃO. Aliado, sobretudo, na leitura contagiante de seu fantástico blog 'Botões para Sempre', tantos anos depois me fez bater novamente uma nostalgia boa. Comprei recentemente uma mesa igual a sua, do fabricante Olliver, de Petrópolis/RJ, e estou curtindo o esporte com a mesma alegria de antigamente", concluiu Badolato.
Mesa de Badolato
"Achei em casa no 'resto da fábrica' uma medalha dos anos 80, contudo não me recordo ao certo de qual torneio. Lembro-me também que fui campeão de um campeonato com a seleção do Paraguai, da Brianezi"