Copa de 1982

Copa de 1982
Lembranças da Copa do Mundo de 1982: veja o artigo que escrevi sobre o melhor mundial de todos os tempos
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terça-feira, 19 de maio de 2015

A história dos Brianezi Semi-flexíveis de 1987

Botões para Sempre apresenta uma postagem sobre os ótimos botões da Brianezi feitos logo depois dos famosos celulóides 'duas faixas'. Lúcio Brianezi, o maior mestre do futebol de botão do país, confeccionou a partir de 1987 as suas miniaturas de futebol ainda com os resquícios das primeiras gerações. Foram mantidos os escudos resistentes em decalques que saíam em 'água' e as famosas faixas, desta vez, o modelo tinha listras 'para cima' e 'para baixo'. A lista dos times é extensa. Não posso afirmar que ela seguiu fielmente todos os clubes brasileiros, internacionais e seleções da segunda fase. Mas pelo que venho observando, a Brianezi optou por fazer os mesmos times, ou quase todos da segunda fase daquele catálogo que compreende os 'duas faixas', de 1977-1986. O tamanho permanecia o mesmo das primeiras gerações, cerca de 42mm. 
Vale ressaltar que estes modelos tiveram vida curta. Infelizmente. Duraram até o fim do ano de 1989, aproximadamente, quando foram substituídos pelos times da 3ª fase com camisas dos clubes e seleções. Estes times são mais difíceis de se encontrarem dos que os da terceira e última geração. Vale notar também que a Brianezi não repetiu os mesmos times logo depois do fim desta confecção. Só a partir do fim dos anos 90 e com o advento da Internet, a Brianezi voltava a produzir cerca de 1.000 times de todos os continentes, porém com artes e escudos novos, da época. 
As características destes botões com faixas 'para cima' e 'para baixo' verificadas na mesa são as melhores possíveis. Ou seja, os botões são semi-flexíveis, mais resistentes que os de celulóide e deslizam muito bem. O toque de bola é rápido e envolvente. Taticamente perfeito. Percebo claramente quando jogo com eles, é que o time ataca em bloco e, nos arremates, encobrem perfeitamente o goleiro. Em geral, são mais maleáveis que os da terceira fase, embora também se enquadram na mesma classificação das gerações; o diferencial destes modelos é que eles tinham essas faixas perto do número, só que no lado direito dos botões.
Em detalhe, os modelos semi-flexíveis da Brianezi com 'faixas' que disputam campeonatos em 'Botões para Sempre': o São Bento de Sorocaba - SP que consegui a partir de uma troca muito antiga no fim dos anos 80, com um amigo de colégio. O time do interior já foi campeão na minha mesa da terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Conseguiu também classificação inédita da segunda divisão para a elite do Campeonato Nacional. Ao lado, a seleção de Israel, que vem participando das eliminatórias da Copa de 2015 e o Barcelona, quarto colocado da última Champions League de 2014.
O Nacional do Uruguai: coleção particular do amigo jornalista André do Nascimento Pereira. Reparem que o goleiro ainda era mantido com escudo do time.
NK Zagreb, de 1987-1989, da extinta Iugoslávia, hoje Croácia
A seleção da Albânia
Peñarol, do Uruguai
Comercial - SP
Botafogo - SP
América - SP: do colecionador e botonista amigo José Mauro, dos EUA
Moto - MA
Iugoslávia
Nantes - França
O extinto MKT Zagora, hoje Beroe Stara Zagora, da Bulgária
Bélgica

domingo, 3 de maio de 2015

Reportagens antigas - Futmesa

A antiga Crak´s patrocinando eventos para incentivar a popularização do nosso esporte, anos 80. Saudades...
Jogos realizados no Grêmio Recreativo Brianezi, localizado na sede da antiga fábrica Brianezi, no Belenzinho. O fundador da marca, Paulo Brianezi, era presidente da então 'Federação Paulista de Praticantes de Esportes de Botões'. Seu filho, Lúcio Brianezi, que depois tocou o negócio, juntamente com Guilherme Biscasse, da Crak´s, participavam dos jogos. Com certeza uma matéria que faz parte da história do nosso Futmesa.
fonte: os 'Velhinhos do futmesa'
Revista In - 2010

sábado, 28 de março de 2015

Série "Luxo" e Série "Seleção de Ouro": os botões mais raros da Brianezi

Botões 'duas faixas'. Botões com apenas escudo e número. Ou botões com artes mais elaboradas da camisa do time, da 3ª e última fase? Bom, em se tratando de raridade, todos estes modelos eram, desde que a Brianezi parou de fabricar suas relíquias, em dezembro de 2001. Mas, alguns botões foram fabricados de forma especial.
A diferença nos estojinhos era o berço das peças em tamanho maior, ou seja, de 50mm ou 5cm para abrigar os botões. Logicamente, o seu layout era diferente das caixas tradicionais de 42mm.
Conheça as diferenças e características dos botões intitulados "luxuosos" da Brianezi, que, segundo os colecionadores mais exigentes, eram os mais difíceis de serem encontrados. 
Ex-Alemanha Ocidental: relíquia em três faixas, no modelo luxo/ouro em 50mm
  
Artigo de Ricardo Bucci - Botões para Sempre

No fim da década de 70, mais precisamente em 1976-1977, quando a saudosa fábrica Brianezi começava a produzir os modelos com as famosas 'faixinhas', foi muito popular também no mercado os raros botões denominados de "Luxo". A determinada edição começou bem antes, no início das primeiras fornadas na fábrica, pois já nos primeiros catálogos de 1972 já era possível de visualizarmos esses botões que foram chamados e apelidados de 'grandes'. Duraram, aproximadamente, até o fim do ano de 1986, quando depois a fábrica começou a mudar o material dos botões.
Segundo consta em seu catálogo antigo, a Brianezi diferenciava estes produtos chamando-os de "Futebol de Luxo e Futebol Super Luxo", em 45mm, ou 50mm. O tamanho dos botões ficava por gosto do cliente. Muitas embalagens continham também, além do berço maior para abrigar os botões, uma trave, por serem especiais. Os modelos Luxo têm um diâmetro e altura maior, geralmente encontrados em 50mm, diferentes dos outros tipos convencionais da Brianezi que giravam em torno de 42mm. Isso permite chutes mais precisos de média e longa distância. Naturalmente faz com que o jogo, independente da superfície da mesa lisa (eucatex) ou MDF pintado, não sofra diferenças, inclusive no controle da bolinha.
A Brianezi possuía artes diferentes para a edição de Luxo. Muitos modelos apresentavam apenas símbolo e número, uma lembrança dos primeiros botões do começo dos anos 70 que Paulo Brianezi, fundador da marca, confeccionava na fábrica. Outros modelos, que eram mais verificados nos anos 80, tinham de dois a três círculos em volta dos botões. Até ficou uma marca para diferenciar os times luxuosos. Já os escudos eram em 'decalcomania', que saíam em água, os mesmos usados nos modelos com faixas. O material seguia o mesmo processo encontrado nas duas primeiras gerações da Brianezi. Ou seja, era fabricado com material flexível importado, principalmente vindo do Japão, quando a empresa começou a comprar seus primeiros celulóides em 1973. Segundo a opinião de alguns poucos colecionadores que admiram esses botões, por serem mais resistentes e maiores que outros modelos, normalmente você os encontra muito novos, sem trinca ou quebras. Além de serem maravilhosos, são fantásticos para cruzamentos na área e ótimos para desvios.
Este tipo de botão sempre foi mais difícil encontrá-lo. Por serem mais caros que os modelos 'duas faixas', apareciam somente na lojinha da fábrica Brianezi, onde ficavam em exposição na vitrine, ou em lojas de esportes muito sofisticadas. No Rio de Janeiro, por exemplo, encontrava um ou outro time, de vez em quando, na 'Sport´s Hawaí', no bairro Tijuca.
O catálogo antigo da Brianezi, na fase áurea da fábrica, que durou dez anos, de 1976 a 1986. Acima os produtos diferenciados e luxuosos como "Luxo" e "Seleção de Ouro".
Muitos times eram feitos sob encomenda ou que não estavam no catálogo, como este Borussia Mönchengladbach, da coleção de Alexandre Badolato. Série Luxo, 5cm.
O Bari, da Itália, com lembrança de apenas escudo e número. Time também fora dos catálogos da Brianezi e que eram feitos apenas para a Série Luxo. Botão de 45mm, do colecionador e músico Maurício Carrilho.
Seleção Saudita, de minha coleção: modelo 'duas faixas', com lentes grandes e Luxuosas, de tamanho 45mm.
Nos anos 80, a Brianezi passava a fabricar os modelos Luxo com dois ou três círculos em volta dos botões, como esta seleção Brasileira, de 1985. Imagem do livro "O Botoníssimo".
Mesmo modelo Luxo, com círculos. Aqui vemos o New York Cosmos, coleção pessoal do jornalista Sílvio Lancellotti, apaixonado pelos Brianezi.
O Tom Tomsk, Rússia, de minha coleção. Também com círculos, da edição de Luxo, 5cm de diâmetro. Nos meus campeonatos, o time russo tem já um esquema tático definido: muita marcação, defesa sólida, e no ataque por serem botões maiores, o chute é fortíssimo. Desliza muito bem por ser de celulóide importado, adora 'roubar' bolas perdidas e são ótimos nos escanteios.
NK Zagreb (ex-Iugoslávia, hoje Croácia). Luxo, 5cm.

O Modena, da Itália, time do saudoso Pavarotti. Outro fora do catálogo dos times internacionais. Botões em 45mm, da edição de Luxo, com os famosos círculos, do colecionador e músico carioca Maurício Carrilho.

Exemplos de 50mm em celulóide importado, mas com bandeiras de seleções, que apelidamos de 'bandeirão'.
CBD azul de 50mm
Série "Seleção de Ouro"

No catálogo, a série "Seleção de Ouro" contemplava os botões especiais feitos em celulóide, acrílico ou acetato importado. Sua embalagem verificada era porta-botões. O layout dos números (emoldurados através de um círculo) e a disposição das linhas, em torno de duas a três, de cada lado do escudo, foram feitos exclusivamente para esta coleção.
Uma seleção brasileira com escudo "CBD" de minha coleção.
Provavelmente produzido pela Brianezi no fim da década de 70, ou até 1979, data em que durou a antiga Confederação Brasileira de Desportos. Série 'Seleção de Ouro'. 5cm.
São Bento de Sorocaba, 50mm, Série LUXO DA BRIANEZI. Time de minha coleção particular.
Itália 5.0CM. Celulóides puros e flexíveis.
Exemplares da EDIÇÃO DE OURO DA ARGENTINA, EM 51MM, ainda maior, DE MINHA COLEÇÃO.

Acompanhem o catálogo abaixo produzido pela saudosa Brianezi durante sua fase mais romântica e áurea, no final dos anos 70/inícios dos 80. As referências e os respectivos números também eram colados em forma de etiquetas no canto esquerdo, antes dos escudos dos clubes ou bandeiras das seleções.
Museu dos Botões Retrô mostra a diferença das siglas e o que significava Futebol de Luxo ou Futebol Acrílico Popular.
Até aqui tudo bem. Caixa rara verde. Portuguesa ilesa em tamanho de 50mm ou 5cm.
Tamanho dos berços maiores para abrigar as peças especiais e luxuosas da fábrica do Belenzinho...

Agora reparem na novidade...Poucos exemplares vinham com etiquetas no lado esquerdo. Ou descolavam, ou a fábrica por falta de tempo não colocava. Mas nos primeiros times feitos nos anos 70 ainda era possível identificarmos as raridades que a caixinha proporcionava.

Essa Referência 15, na verdade deveria ser colocada REFERÊNCIA 16. Um pequeno erro da fábrica.

Vejamos no catálogo abaixo:
Na referência 15 surge os seguintes dizeres: Futebol Popular em Acrílico 45mm, sem trave.
Na verdade essa Lusa seria referência 16: Futebol Popular em Acrílico 50mm, sem trave.

Diferenças entre Acrílico e Luxo
A fábrica colocava inicialmente as referências para os botonistas terem uma maior noção dos objetos que adquiríamos. Futebol Popular Acrílico, como o próprio nome sugere, era feito de material um pouco mais 'duro' que os celulóides flexíveis, mas ainda assim super maleáveis. Um acrílico que, na mesa, parece mais uma tampa de relógio antiga e bem 'molinha'. Já o Futebol de Luxo e na própria Seleção de Ouro, o cliente encontrava ou mandava encomendar na forma de celulóides (LUXO) ou também no caso dessa Lusa em Acrílico (POPULAR).
Esse Zagreb acima pertencia nas seguintes referências: Futebol de Luxo 50mm, 05 (na caixa com trave), 07 Futebol de luxo (com caixa sem trave) ou 20, na forma de encomenda na Seleção de Ouro.

50mm do SSCP de Botões para Sempre

Antiga Alemanha Oriental, da coleção particular de Moacir Peres. 50mm com numeração sobreposta, o que dava um efeito de 'relevo'.

FRANCANA, 50mm, flexível, UMA DAS MAIORES MOSCAS BRANCAS FORA DE CATÁLOGO DA BRIANEZI

EDIÇÃO SUPER LUXO DO SPARTA PRAGA
EM 50MM
NA CAIXA PRESERVA E ILESA DESDE OS ANOS 70´S
COLEÇÃO DE BOTÕES PARA SEMPRE