Copa de 1982

Copa de 1982
Lembranças da Copa do Mundo de 1982: veja o artigo que escrevi sobre o melhor mundial de todos os tempos
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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Lotes da déc. de 50 mais Raridade Bolagol Fut. Miniatura 1958 - América de PE - O time do poeta João Cabral

 A Santa Maria Plásticos produzia alguns escudos de tonalidades diferentes, assim acontecia com times gaúchos e este histórico clube pernambucano também erraram na impressão em vermelho. Porém o antigo dono no final da déc. de 50 adesivou corretamente nos botões verdes que ou comprou assim, pois são memórias de uma família do Rio, a qual agradeço bastante o lote que conseguimos. Atrás das peças quase sempre encontramos dois escudos, 4 escudos, do mesmo time, a impressão vinha dupla, somente no Santa Cruz vieram 24 escudos originais!

O texto a seguir foi publicado por João Cabral de Melo Neto originalmente em 1945 e recentemente foi republicado no Diário de Pernambuco: Prezado Manuel, Ontem, fui dormir feliz. De longe chegou a notícia que o meu querido América vencera o Náutico por 3x0. Em quatro jogos decisivos, três vitórias maiúsculas. O que mais posso eu desejar dessa vida? Apenas me dói o fato de não estar no Recife. Soube que uma multidão conduziu nossos jogadores até o Bar Savoy.

Soube que a Ilha do Retiro foi pequena p/ acomodar tantos quantos quiseram assistir nosso momento de glória. Sabe que como me arrependo de ter jogado pelo Santa Cruz. Eu queria, na verdade, usar o manto verde e branco. Mas eram coisas da idade. Manuel, mas apresso-me em te contar. Eu, que como sabes, sou o mais descrente dos crentes, cansado de tantas derrotas durante tantos anos, decidi provocar o Criador. Quando o ano começou e foram anunciadas as partidas decisivas, absolutamente certo de que o Náutico seria campeão, chamei o Criador para uma armadilha. Disse-lhe que, caso o meu América vencesse, eu me daria por satisfeito. Poderia ser o último título conquistado. Poderia não ser campeão mais nunca. Eu ficaria feliz com aquele título. Como Deus não existe, ou não haveria essa vida Severina (gostei da expressão, talvez eu torne a usá-la no futuro), seria um mera experiência literária. No primeiro jogo dessa absurda e interminável disputa final, o inesperado acontece: O América triunfa! Calei em meu canto, desconfiado. Mas não havia de ser nada. Quase que torcendo contra meu time do coração, aguardei o resultado da segunda peleja. Menos mal, o universo parecia estar voltando para o seu lugar devido. E, durante um certo tempo, acalentei novamente a certeza no meu mundo material. Pois, tu sabes, a inspiração eu deixo contigo. Não me deixo levar por esta quimera. Manuel. Chegou então o momento do terceiro jogo. Acordei convicto de que li terminavam minhas dúvidas metafísicas. E o América venceu novamente! Tranquei-me em mim mesmo. O mundo inteiro em guerra e eu convalescendo de uma absurda dúvida existencial. Conto a ti estas coisas, pois sei que somos diferentes. Tens inspiração, lirismo, lembranças que eu não consigo ter. Quem sabe, tens até fé em Deus? Não essa fé social, mas uma fé real, idealista. Eu lia versos de Cordel para empregados lá do engenho, eu tinha pena deles, mas um pena racional. Uma pena da vida e da morte daqueles pobres diabos. Que já vivem no inferno. Mas agora, tratava-se de um fato totalmente diverso. Os céus subitamente ganhavam vida. E o América, subitamente, parecia uma máquina de platina de jogar futebol. Ia triturando os alvirrubros. Sem dó nem piedade. No dia de ontem, fui para meu quarto e lá me tranquei. Li muito. Dormi um pouco. E quando as horas do jogo se escoaram, busquei saber notícias do Recife. Estavam novamente racional. Não cogitava que poderes sobrenaturais controlassem uma pelota, vinte e dois homens e um mero jogo. Mal disfarçando, porem, um certo nervosismo, escutei quando alguém gritou lá de dentro que mandassem me avisar: O América era campeão pernambucano! Enlouqueci, Manuel. Confesso que perdi meu prumo durante alguns instantes, e caso estivesse em Recife, teria sido uma festa. Imaginei Recife coberto de verde. Vou querer pintar o Bar Amarelinho com outras cores amanhã. E diabos, ninguém conhece meu América aqui no Rio! Agora reestabelecido e feliz, eu sei que tudo não passou de um surto de superstição. Uma insanidade temporária. Uma perda momentânea da razão. O América era de fato um esquadrão invencível. Ano que vem será, aliás daqui a alguns meses, será bicampeão. Hoje somos os campeões de 1944, mesmo estando em 1945. Coisas deste futebol brasileiro, que nunca foi muito sério. Deus, se é que existe, deve estar cuidando de outras coisas bem mais importantes. Um abraço, meu caro Manuel Bandeira, Do seu primo, João Cabral de Melo Neto. PS: Perdão se na emoção que agora sinto, a cronologia dos fatos houver me traído a memória. Em tempo, nosso primo Gilberto deve estar descabelando com as derrotas do seu Esporte!





Periquito rico - mascote

quinta-feira, 24 de março de 2022

sexta-feira, 3 de julho de 2020

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Sport Recife - raro Gulliver 'carinhas' original com goleirinho 1977

AOS COLECIONADORES TRAIDORES, PORCOS, SUJOS, MALFEITORES, ACÉFALOS E JUMENTOS DO COLECIONISMO: MAIS UM TIME EU COMPLETO E FECHO ESSA COLEÇÃO ORIGINAL DA GULLIVER 'CARINHAS, São 25 CLUBES ORIGINAIS, tenho 24, TANTO DE PRIMEIRA EDIÇÃO 1977, COMO SEGUNDA 1978, ETC, CARNICEIROS DE BOTÕES, HUMILHARAM COM TANTA MENTIRA E DINHEIRO, QUE ISSO SÓ ME FEZ FORTALECER AINDA MAIS NUM MERCADO ASQUEROSO E NOJENTO, MAS GRAÇAS A DEUS AINDA TENHO GENTE DO BEM DO MEU LADO, SEMPRE TEREI. Amém.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Lote 67 - O 'pequeno', 'histórico' e 'saudoso' Santo Amaro do Recife - Crakes

Agradecimento especial ao colecionador, botonista e amigo, Caio Lopes, de Itajubá/MG, que me presenteou com algumas raridades que o blog postará aos poucos. A primeira delas não poderia deixar de postar em primeiro lugar. Este time tinha um apreço especial, quando visitei pela primeira vez a capital de Pernambuco em 1989-90. Na oportunidade levei na bagagem algumas compras. E não é que a camisa raríssima do Santo Amaro estava na mala. Muitas partidas foram disputadas com ela. Joguei muito Futsal no Círculo Militar, em São Paulo, vestindo o manto sagrado.
O resgate do passado, juntamente com as saudades que ficou da camisa, eis que surge o Santo Amaro nos botões, que revelou Ricardo Rocha para o futebol e para nossa seleção.
Botões com arte impecáveis feitos pelo Caio, inspirada na camisa que eu tinha nos anos 80 do clube; já as lentes pertencem a Crakes, do senhor Armando, da Jucrake, de Campinas.
Uma justa e honrosa homenagem ao extinto clube.
O manto sagrado que comprei na segunda metade dos anos 80 em Recife/PE
80´s e a reportagem de vice da terceira divisão do Nacional
Para ver toda a postagem histórica do clube, com entrevista exclusiva com o estudioso do futebol profissional de Pernambuco, o botonista Armando Pordeus, clique aqui:

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Lote 61 - Sport Recife **raridade da Estrela - 'panelinhas' originais metade dos 70´s

Quatro times do querido Nordeste já postados nos aguerridos 'panelinhas'. Aliás, raríssimos, que nunca surgiram nessas 'Internet da vida'. Sport, Santinha, Ceará e Fortaleza. Registro raro da maior fábrica de brinquedos do país, que parou de fabricar as peças há muito tempo e hoje (desde 2010, melhor dizendo) ninguém de lá nunca me respondeu sequer um e-mail.
Melhor falarmos do belo time do Sport e sua escalação com Draílton, Ditinho, Meinha, etc, entre 1973-1975.
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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Lote 51 - Santa Cruz 1977 - 'O Colosso do NE' nos anos 70 - Gulliver original 'mosca branca'

Botões para Sempre completou os quatro times originais do Nordeste mais 'raros' do catálogo da Gulliver 'Grandes times do Futebol Brasileiro', com rostos de jogadores: Bahia, Vitória, Sport e Santinha. Agora a minha perseguição 'mosca branca', não remete mais a região mais ensolarada do país. Vamos ao Sul procurar o 'Coxa branca', de 1977, para quase dar um fim numa das coleções mais fantásticas de todos os tempos na história do futmesa. Aceito doações. Quem tiver originalmente o time será bem muito recebido PARA SEMPRE por mim e nunca vendido, como muitos outros colecionadores que viraram 'revendedores' de peças injustas financeiramente, pedem mais caro do que os vendedores de antiguidades, até mais exorbitante $$ do que pedem antiquaristas de lojas! Sem contar com os doentes 'psicopatas' colecionadores de botão, de álbuns de figurinhas, de carrinho de Autorama, de livros raros, que compram exemplares repetidos, de forma PROPOSITAL, tendo, às vezes, 10 originais Santa Cruz idêntico a esse para eu, você e outro e ninguém terem!
Gente doente precisa ser tratada. Pois isso pode contaminar outras pessoas, mas, graças a DEUS, essa febre nunca irá me contaminar.
José Márcio, colega do botão e amigo do Paraná, do Futebol Clássico, pode ter certeza que você curte essa coleção igual a eu. Entrando lotes de times repetidos é seu, sem custo. Para mim fica apenas o prazer de presenteá-lo. Isso é tudo. Vc faz parte dessa história, desde quando lançou as cartelas em 2011.
Voltando ao Santinha. Esquadrão fantástico com Fumanchu, Givanildo, Nunes, Lula Pereira e cia. Anos 70 brilhante. Assim era o Santinha quase 'imbatível' em seus domínios. Tanto que depois Givanildo do Tricolor do Arruda brilhou na seleção e Nunes foi para o Fla. Este time vem fortíssimo para meu torneio somente com 'carinhas'. No começo de 2018 a mesa de Botões para Sempre desfilará elencos de anos diferentes de marcas como Gulliver, Jofer, Estrela etc.
BOTÕES PARA SEMPRE APRESENTA:
SANTA CRUZ 1977
GULLIVER ORIGINAL 'GRANDES TIMES DO FUTEBOL BRASILEIRO'
1978
Mestre Givanildo: uma lenda do Santinha
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Nunes