Inauguração de nossa TRIBUNA DE IMPRENSA NO STADIUM BOTÕES PARA SEMPRE
Homenagens aos colegas de profissão (narradores e locutores) no jornalismo que tanto dão o sangue para o nosso país.
Democracia Sempre.
Saudades Eternas para Orlando Duarte ('O Eclético'), Luiz Noriega ('O Craque da Voz' - entrevistado por Ricardo Bucci em 2000), Osmar de Oliveira (entrevistado por Ricardo Bucci em 2008), Luciano do Valle, Paulo Stein e tantos outros que nos deixaram.
Ao mestre saudoso Fiori Gigliotti. Com carinho.
Antigo Placar Eletrônico inaugurado no Maracanã em 1979
Arquibancada de 1963 que veio da Inglaterra por intermédio de nosso novo amigo holandês, Mister Jaak! Gratidão.
Rádio Bandeirantes
Por que resolvi criar um estádio de futebol com cabine de imprensa?
Corria 1987. No tradicionalíssimo Colégio Assunção, em São Paulo, muito rigoroso nos estudos, saudades das tortinhas das freiras, dos jogos de futebol no terrão nos recreios, enfim, no qual passaram ilustres alunos e alunas. Resolvi 'recriar' uma arena que tive em fins dos 80. Após a Copa de 1986 comprei uma cartolina e botei ao lado do Estrelão. E tinha centenas de bonecos Playmobil que me sobraram uma dúzia. O tempo passa. Como dizia o nosso Pelé da Rádio, o saudoso Fiori. Estamos em 2023. Vendo fotos de Subbuteo italiano me deparei com um impasse, por que aqui no Brasil não somos iguais a eles no amor de jogar o hobby com cenários? Lá eles dão petelecos em bonecos e aqui damos palhetadas. Com a compra do Jogo da Gulliver Pelé de 1989, a motivação aumentou. Pensei em fazer arquibancadas com as placas de publicidade que vieram no jogo. Estava criada nossa numerada coberta perto da janela. O passo seguinte era criar uma extensão praticamente na volta toda de minha mesa que beira 1.60m da Olliver, a melhor do país. Resolvi comprar as arquibancadas antigas do Playmobil da Trol que tive quando criança. Concomitantemente recebi uma doação do amigo Dane De Souza de Curitiba/PR. Ele encontrou um display zerado numa caçamba de lixo e que nos lembrou um Stadium Inglês dos anos 70. Colei propagandas de 1979. A escolha do tal ano foi o começo do meu envolvimento c/ o botonismo. Em dois estádios (Morumbi e Maracanã) comecei a observar as propagandas e anotei num caderno. O Placar não foi eletrônico. Aproveitei o do jogo da Gulliver do Pelé e nele mantive como veio de fábrica: Time Visitante x Time da Casa; aliás na Javari uma foto me chamou a atenção, de um funcionário perto do Placar. Contratamos: Camera Man, um Policial, Sorveteiro, bilheteiro (caso do único Smurf que me sobrou da infância, o Papai Smurf). Por fim o estádio ganhou ares até dos anos 60 da Europa. Dois equipamentos antigos de 1963, de nosso novo amigo holandês, Jaak! Primeiro ele entregou sua cabine de imprensa, com propagandas de lubrificantes, feito para Autorama. E não é que coube milagrosamente 3 playmobil sentados com microfones que criamos para tais emissoras, algumas extintas: Rede Manchete e Rádio Nacional! Aqui vale o registro: Homenagem desta cabine ao Pacaembu, o velho estádio paulistano, que tanto meu pai me levava com o meu irmão para vermos Sócrates e Cia. Ficava encantado c/ José Silvério narrando seus gols quando criança e José Carlos Cicarelli na TV Cultura. Uma Javari pelo Placar, um Pacaembu, com os mesmos nomes da tribuna de imprensa que era reservada p/ profissionais do interior, com os dizeres: ‘Cabine Emissora de Rádio’, ou um Maracanã, que através de nossa pesquisa no youtube, pudemos adesivar o desenho gráfico do Placar Eletrônico que foi inaugurado em 1979 num jogo entre America e Flamengo. Quem não se recorda dos bonequinhos encobrindo o goleiro? E o público tinha 6 dígitos: 122.400 pagantes! E veio mais uma ajuda de nosso novo amigo holandês... Chegou uma arquibancada raríssima de 1963, que ele comprou também na Inglaterra para Autorama. Colocamos na parte central do estádio, sendo o ingresso mais caro. Fizemos uma ala CALCIO, apenas para torcedores italianos. Lá eles cultuam muito bandeiras com ex-jogadores. Assim coloquei Maradona e aproveitei para distribuir na parte brasileira, Zico e Sócrates, os meus maiores ídolos de infância, aliás temos o autógrafo original tombado do Dr, eternizado em nossa parede, quando ele estava na concentração nas vésperas de um clássico contra o SPFC no Pacaembu, em 1981. Aos amigos minha gratidão: Ao Dane de Curitiba, ao Jaak Holandês e o cearense Antonio Pimenta que me ajuda nos vídeos que de vez em quando posto. Ainda seguindo com homenagens: ao meu irmão e meu pai, que no Pacaembu dos anos 80, a primeira coisa que eles observavam era olhar para cima na marquise entre a arquibancada verde e a numerada, p/ localizar uma torcida do Corinthians de nome 'Torcida da Curvinha’. E como nosso estádio tem uma curva e de certa maneira seguiu quando o Pacaembu foi inaugurado em 1940, colocamos uma faixa desta torcida. Não vou contar quanto tive de gastos. Só sei que não sustentei atravessador de brinquedos antigos. As partidas ficam mais emocionantes. Não gasto dinheiro neste hobby recheado de mau-caratismo entre comerciantes e colecionadores p/ ficar olhando para os botões. Eu boto no campo e nunca quebrei um botão! Ou seja, aqui nós sonhamos e lutamos com nossas poucas forças. No final a recompensa vem em gratidão para pessoas que nos ajudam. E isto não tem preço. Fica aqui o nosso grito ‘No Poste!’ – bordão em homenagem ao Cicarelli que tanto o assistia na TV Cultura com sua voz belíssima! Aos saudosos mestres que entrevistamos: Luiz Noriega, Sílvio Lancellotti, Giovanni Bruno e Dr. Osmar de Oliveira. E aqui tentamos reproduzir um estádio nos moldes antigos.
Ao mestre saudoso Fiori, COM CARINHO.
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