Dúvidas. Lendas. O certo é que existem muitas teorias que envolvem o surgimento de nossa 'brincadeira', isto é, do nosso amado esporte. Desde o antigo jogo da 'pulga' muito praticado na Europa, com as mãos, em forma de 'petelecos', até a existência de relatos espanhóis no fim do século XIX. Na Hungria, os especialistas deste querido país do Leste Europeu afirmam que o sectorball é praticado desde 1910. No Brasil sabemos da história do 'Papa do Botão', Geraldo Décourt, pioneiro e o maior divulgador do surgimento do futebol de botão em nosso país.
Botões para Sempre mostra abaixo uma foto datada de 1910. Na Europa do início do século passado está registrada, em divulgação, neste jornal ou folheto impresso, de nome 'Leader', de Londres, capital inglesa, dois técnicos-jogadores concentrados na manipulação de seus botões distribuídos sobre uma mesa de jogo com dois goleiros nas suas extremidades. Seria a origem europeia do jogo de futebol de botão? O futebol de botão também teria se originado na Inglaterra, país dos inventores ou, ao menos, os organizadores do futebol 'association', de campo?
A primeira foto conhecida no Futebol de Mesa ou Futebol de Botão é esta de Londres, de 1910, remetida da Sérvia por Milos Krstic, músico, grande botonista de seu país do Leste, e um dos maiores divulgadores do futebol de mesa (sectorball) na Europa.O sérvio Milos Krstic: sabe tudo da história do botonismo e também relacionado ao Brasil e nossos clubes.
No ano de 1930, o brasileiro Geraldo Décourt publica o primeiro livro de regras do Futebol de Botão Nacional, na época chamado de 'Foot-Ball Celotex' e que viria a tornar-se um documento histórico pelo seu pioneirismo. O nome 'Futebol Celotex' foi dado, originalmente, ao jogo de futebol de botão, em decorrência do material usado na época para confecção das mesas de jogo, o qual tinha este mesmo nome. Talvez o 'Celotex' tivesse alguma semelhança com as chapas de 'eucatex' e 'duratex', utilizadas para a fabricação de mesas de jogos de botão para crianças nos dias atuais.
O pioneiro Décourt recebeu o título de "Papa do Botonismo Brasileiro", pois com ele surgiu os primeiros registros impressos da existência do futebol de botão no centro político, administrativo e econômico do Brasil.
Um pouco do que fez DÉCOURT
Em 1922, quando comemorávamos o ano do centenário da
Independência do Brasil, Geraldo Décourt conheceu Higino Mangini e seu irmão
Francisco, que o ensinaram a praticar o futebol de botões, tendo jogado pela
primeira vez na escadaria da Rua Visconde de Paranaguá, onde morava no nº 40,
antes de possuir sua primeira mesa envernizada e disputar os primeiros
campeonatos de 1922 com Mario Sallorenzo, José da Silva, Rudolf Langer, Oscar
Vieira e Jaime Ferraz.
Por volta de 1930, fazia toda a cobertura jornalística em diversos jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo, contando com a colaboração de amigos como Thomaz Mazzoni e José de Moura, que nunca recusaram notícias sobre o futebol celotex.
Na mesma época, a Liga Pernambucana tinha na parede de sua sede um retrato de Décourt, uma foto dele recebendo um troféu e outra de sua linha atacante.
Grande incentivador desta modalidade, Décourt foi o autor das primeiras regras dessa salutar prática, impressas como Celotex.
Na época, o meia Tatu, do Corinthians e campeão sul-americano pela seleção brasileira, faleceu vítima de tuberculose e Geraldo Décourt doou para uma campanha em seu benefício cem exemplares de sua regra.
Por força de seus afazeres, tais como a pintura moderna, negócios, jornalismo, radialismo (cantor e compositor), Décourt afastou-se por uma longa temporada do futebol de mesa.
Morou no Rio de Janeiro cerca de 30 anos, 5 no Rio Grande do Sul, casou-se em 1947 em Vitória (ES) e retornou a São Paulo em 1949.
Ao futebol de mesa retornou através de Éder Jofre, o "Galo de Ouro", que o aproximou do então presidente da Federação Paulista de Futebol de Mesa, Décio Zuccaro. Nessa oportunidade, Decourt prometeu cooperar e participar do movimento em favor da difusão da modalidade, com o seu melhor empenho.
Fez parte da extinta Federação Paulista de Futebol de Mesa, jogando no Grêmio Dramático Luso Brasileiro, em 1964, quando conheceu Luiz Gonçalves da Silva, um dos fundadores da Federação Paulista de Futmesa e artesão de botões no estilo 'tampa', Flávio Seabra Ferraz e Roberto Milagres. Também conheceu Newton Andrade e Carlos Casal del Rey, que possuíam seus estádios com quatro refletores.
Em 1980, visitando Santos, em companhia de Hideo Ue Filho e Eliahou Vidal, conheceu Jurandir da Silva Marques, com mais de 70 anos, que fez um pequeno comício a respeito do que Decourt fez e fazia naquela época, citando clubes e locais onde o vira jogar.
No mesmo ano, esteve presente ao Congresso de Abertura do I Campeonato Brasileiro da modalidade três toques, no Rio de Janeiro.
Criou o Botunice Informa, boletim informativo de seu clube, o Botunice, e dos demais clubes de São Paulo.
No dia 13 de julho de 1982, em Lagoinha, Ubatuba, São Paulo, compôs o Hino do Botonista, homenagem aos botonistas do Brasil de todas as regras.
No mesmo ano, afastou-se do futebol de mesa, motivado pela paralisia parcial que o atingiu tão traiçoeiramente e o impediu de participar até como simples assistente.
Em 1987, publicou o livro "Aconteceu, sim!..., 150 páginas de um “solista da escala cromática”.
Apesar de seu longo histórico, Décourt sempre deixou bem claro que nunca disse para ninguém ter sido o inventor do futebol de botões, mas sim autor da primeira regra impressa.
Jornal de 1930
Por volta de 1930, fazia toda a cobertura jornalística em diversos jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo, contando com a colaboração de amigos como Thomaz Mazzoni e José de Moura, que nunca recusaram notícias sobre o futebol celotex.
Na mesma época, a Liga Pernambucana tinha na parede de sua sede um retrato de Décourt, uma foto dele recebendo um troféu e outra de sua linha atacante.
Grande incentivador desta modalidade, Décourt foi o autor das primeiras regras dessa salutar prática, impressas como Celotex.
Na época, o meia Tatu, do Corinthians e campeão sul-americano pela seleção brasileira, faleceu vítima de tuberculose e Geraldo Décourt doou para uma campanha em seu benefício cem exemplares de sua regra.
Por força de seus afazeres, tais como a pintura moderna, negócios, jornalismo, radialismo (cantor e compositor), Décourt afastou-se por uma longa temporada do futebol de mesa.
Morou no Rio de Janeiro cerca de 30 anos, 5 no Rio Grande do Sul, casou-se em 1947 em Vitória (ES) e retornou a São Paulo em 1949.
Ao futebol de mesa retornou através de Éder Jofre, o "Galo de Ouro", que o aproximou do então presidente da Federação Paulista de Futebol de Mesa, Décio Zuccaro. Nessa oportunidade, Decourt prometeu cooperar e participar do movimento em favor da difusão da modalidade, com o seu melhor empenho.
Fez parte da extinta Federação Paulista de Futebol de Mesa, jogando no Grêmio Dramático Luso Brasileiro, em 1964, quando conheceu Luiz Gonçalves da Silva, um dos fundadores da Federação Paulista de Futmesa e artesão de botões no estilo 'tampa', Flávio Seabra Ferraz e Roberto Milagres. Também conheceu Newton Andrade e Carlos Casal del Rey, que possuíam seus estádios com quatro refletores.
Em 1980, visitando Santos, em companhia de Hideo Ue Filho e Eliahou Vidal, conheceu Jurandir da Silva Marques, com mais de 70 anos, que fez um pequeno comício a respeito do que Decourt fez e fazia naquela época, citando clubes e locais onde o vira jogar.
No mesmo ano, esteve presente ao Congresso de Abertura do I Campeonato Brasileiro da modalidade três toques, no Rio de Janeiro.
Criou o Botunice Informa, boletim informativo de seu clube, o Botunice, e dos demais clubes de São Paulo.
No dia 13 de julho de 1982, em Lagoinha, Ubatuba, São Paulo, compôs o Hino do Botonista, homenagem aos botonistas do Brasil de todas as regras.
No mesmo ano, afastou-se do futebol de mesa, motivado pela paralisia parcial que o atingiu tão traiçoeiramente e o impediu de participar até como simples assistente.
Em 1987, publicou o livro "Aconteceu, sim!..., 150 páginas de um “solista da escala cromática”.
Apesar de seu longo histórico, Décourt sempre deixou bem claro que nunca disse para ninguém ter sido o inventor do futebol de botões, mas sim autor da primeira regra impressa.
Jornal de 1930
Ricardo, ingleses miserentos. Criaram o futebol de campo e talvez o de mesa também.
ResponderExcluirSensacional pesquisa! Nunca imaginei que poderia ser nosso futebol de mesa também um esporte bretão.
ResponderExcluirObrigado, Adalberto! abs, Ricardo
ResponderExcluirSou amante do esporte, jogo o Raí , na minha liga só jogamos Gulliver.
ResponderExcluirMaravilhoso trabalho de pesquisa! Meus parabéns!
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